Acompanhou as notícias que movimentaram o mercado na semana? Teste no quiz

Edição da newsletter FolhaMercado tem perguntas sobre PEC da transição, demissões em big tech americana, o maior negócio do mercado de luxo no ano e mais

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (18). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:


Montanha-russa na Bolsa

A defesa do presidente eleito Lula (PT) do furo do teto de gastos como uma "responsabilidade social" e o texto da PEC da Transição, que propõe deixar o Bolsa Família de fora do limite de despesas de forma permanente, fizeram os investidores acordarem de mau humor.

No fim do pregão, porém, a tensão diminuiu após a notícia de que o ex-ministro Guido Mantega, rejeitado pelo mercado, comunicou sua renúncia à equipe de transição.

  • O evento coincidiu com um salto do Ibovespa, que saiu dos 107.668 pontos às 16h46, para fechar o dia aos 109.702 pontos, em uma queda de 0,49%. O dólar, que chegou a subir 2% durante o dia, aliviou a alta e avançou 0,44%, a R$ 5,40.

Aspas: "Se eu falar isso vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência", disse Lula. Ele ainda falou que a volatilidade não acontece "por causa das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que ficam especulando todo santo dia".

Opinião: Vai cair a Bolsa? Aumentar o dólar? Paciência? Arminio Fraga, Pedro Malan e Edmar Bacha, economistas que declararam voto em Lula, escrevem carta ao presidente eleito.

Ao defender furar o teto de gastos como "responsabilidade social" e tentar manter de fora da âncora fiscal o Bolsa Família, Lula embarca na contramão do caminho que levou ao sucesso de seus dois governos, entre 2003 e 2010, escreve o repórter Fernando Canzian.



E a PEC? Depois de ser apresentada ao Congresso na quarta (16), o governo eleito já admite ceder para tentar a aprovação da proposta, mas não abre mão de que o aumento de gastos tenha validade de quatro anos.

  • Uma ala do Centrão e partidos que negociam adesão articulam para aprovar a medida apenas para 2023.
  • Há ainda uma preocupação com o prazo apertado. No cenário mais otimistas, a PEC seria promulgada em três semanas.

Mais sobre PEC, governo Lula e furo do teto:

  • O que a Folha pensa: Lula pede mais juros. Danos em potencial da proposta do presidente eleito vão além da Bolsa e sacrificam os pobres.

Mais uma leva de demissões no Twitter

Ao fim do prazo do ultimato dado por Elon Musk aos funcionários do Twitter, estima-se que centenas deles tenham deixado a plataforma por vontade própria, segundo a agência Reuters.

Entenda: na quarta (16), o bilionário enviou um email aos funcionários dizendo que teriam até esta quinta (17) para confirmarem em um link se queriam continuar "trabalhando longas horas em alta intensidade" ou se demitirem mediante uma indenização de três meses de pagamento.

Quantos saíram desta vez? Ainda não está claro. O Twitter, que não tem mais um departamento de comunicação, não respondeu aos contatos da imprensa.

  • Musk estava reunido com alguns funcionários importantes para tentar convencê-los a ficar, disseram antigos e atuais empregados da plataforma à Reuters.
  • Em um grupo privado do Slack para atuais e ex-funcionários, cerca de 360 pessoas se juntaram a um novo canal chamado "demissão voluntária", segundo a agência.
  • Em uma enquete anônima na plataforma Blind, que verifica o email corporativo dos funcionários, 42% de 180 trabalhadores disseram que deixaram a companhia. Em outra pesquisa, mais da metade estimou que pelo menos 50% sairiam.
  • No fim do prazo do ultimato aos funcionários, o Twitter fechou imediatamente todos os seus escritórios até domingo (20) temendo retaliação dos que saíram, segundo a jornalista Zoë Schiffer, editora da newsletter Platformer.

Dê uma pausa

  • Para assistir: "Pepsi, cadê meu avião?" - na Netflix

No fim do século 20, a "guerra das Colas", entre Pepsi e Coca-Cola, pegava fogo. A primeira era conhecida pelos seus comerciais criativos, como a campanha que mostrava consumidores preferindo a Pepsi após testes cegos entre as bebidas das rivais.

Em 1995, a companhia colocou no ar uma propaganda (veja aqui) que promovia a troca de latas ou garrafas vazias por pontos, que, acumulados, valiam prêmios:

  • Camiseta (75 pontos), óculos de sol (175), jaqueta de couro (1450) e, por 7 milhões de pontos, um jato Harrier –numa clara brincadeira.

O problema para a Pepsi é que seu comercial não deixava isso claro, e John Leonard, na época com 20 anos, começou a fazer contas para conseguir a aeronave, avaliada em US$ 23 milhões (R$ 125 milhões).

  • O primeiro cálculo foi comprar 1,4 milhão de caixas de 12 latas, a um custo de US$ 4,3 milhões, sem contar os galpões para armazená-las. O sonho de Leonard ficou mais próximo quando ele leu em um anúncio do jornal que cada ponto poderia ser comprado por US$ 0,10.
  • Para conseguir o jato Harrier, então, seria necessário "apenas" um cheque de US$ 700 mil, que foi assinado por Todd Hoffman, um excêntrico milionário que Leonard tinha conhecido em uma viagem de montanhismo.

O cheque foi enviado, mas devolvido pela Pepsi, que afirmou que se tratava de uma piada. A partir daí, começou uma disputa judicial entre Leonard e Hoffman contra a empresa.

A história completa estreou nesta quinta na Netflix, em uma minissérie com quatro episódios.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.