Copel prevê crescer 2 GW em geração renovável e entrar em novos mercados de distribuição

Governo paranaense anunciou nesta segunda-feira (21) a intenção de privatizar a companhia de energia

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Letícia Fucuchima
Reuters

A paranaense Copel planeja consolidar sua posição de empresa integrada de energia elétrica até 2030, crescendo em geração renovável, transmissão e comercialização de energia, além de potencialmente entrar em novos mercados de distribuição fora do Paraná, segundo executivos da companhia.

Após o governo paranaense ter anunciado na véspera sua intenção de privatizar a companhia, a Copel apresentou nesta terça-feira (22) uma atualização de seu plano estratégico para os próximos anos, prevendo acrescentar ao portfólio 2 GW (gigawatts) de ativos renováveis e 2.000 km de linhas de transmissão.

Torre de transmissão de energia elétrica; Copel prevê entrar em novos mercados de distribuição após possível privatização - Stephane Mahe/Reuters

Já na distribuição, a companhia vai olhar "ativamente" oportunidades de aquisição de distribuidoras que surgirem no mercado, disse o CEO, Daniel Slaviero, em videoconferência.

O executivo destacou que a Copel não crescerá "a qualquer custo" e manterá sua disciplina de capital, apostando apenas em "bons negócios" que agreguem valor.

Em relação ao plano de privatização anunciado pelo Estado do Paraná, Slaviero comentou que o projeto de lei que trata do tema já foi encaminhado à assembleia legislativa do Estado.

Nesta segunda (21), o Paraná revelou a intenção de desestatizar a Copel por meio de uma oferta secundária de ações, em operação semelhante à realizada pela Eletrobras. A Copel se tornaria uma "corporation", sem controlador definido, com o governo paranaense permanecendo com participação de pelo menos 15% do capital social total da elétrica.

Caso a privatização se concretize, a Copel pode mudar seu plano original de venda de seu principal ativo de geração, a hidrelétrica Foz do Areia, disse Cássio Santana da Silva, diretor de Desenvolvimento de Negócios.

Atualmente, pelo fato de ser uma estatal, a companhia precisa alienar o controle de Foz do Areia para que possa renovar sua concessão e mantê-la no portfólio, ainda que com uma participação minoritária.

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