Luiz Marinho volta ao Ministério do Trabalho após 16 anos

Ex-prefeito de São Bernardo do Campo e deputado eleito, petista foi confirmado nesta quinta-feira pelo governo eleito para o cargo

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São Paulo

Ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e ex-prefeito de São Bernardo do Campo, o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) foi confirmado nesta quinta-feira (22) para comandar o Ministério do Trabalho. A escolha do nome de Marinho para a pasta havia sido antecipada pela Folha e foi confirmada nesta quinta (22) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que anunciou 16 novos ministros.

Marinho já ocupou a pasta entre 2005 e 2007, quando tornou-se ministro da Previdência Social. Em 2008 deixou o posto para concorrer à Prefeitura de São Bernardo do Campo, cidade que comandou por dois mandatos.

Formado em direito, Marinho foi metalúrgico nos anos 1970, quando conheceu o presidente Lula. Em 1996, foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, cargo para o qual foi reeleito mais duas vezes (1999-2002 e 2002-2003).

Em 2002, foi candidato a vice-governador do estado de São Paulo na chapa encabeçada por José Genoino (PT), ocasião em que o vice-presidente da chapa eleita, Geraldo Alckmin, venceu a disputa no segundo turno.

Futuro ministro do Trabalho e deputado federal eleito Luiz Marinho (PT), na praça Giovanni Breda, em São Bernardo do Campo. homem branco de óculos e cabelos pretos de camisa branca e calça escura sentado em um banco de uma praça arborizada
Futuro ministro do Trabalho e deputado federal eleito Luiz Marinho (PT), na praça Giovanni Breda, em São Bernardo do Campo - Adriano Vizoni - 11.set.2020/Folhapress

A escolha de Marinho representa uma vitória de petistas e sindicalistas sobre o PCdoB, que pleiteou o ministério junto a Lula. A legenda havia manifestado interesse por três ministérios: Ciência e Tecnologia, Cultura e Trabalho. Por fim, o partido ficou apenas com o primeiro, com a indicação de Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB.

À frente da pasta, o futuro ministro do Trabalho terá como uma das metas fazer com que o Sistema S (Senai, Sesc, Sesi, Sebrae, entre outros) alinhe sua atuação a um plano nacional de formação de trabalhadores.

A ideia é integrar escolas técnicas, universidades e as entidades do Sistema S em uma estratégia unificada de formação profissional, associada aos objetivos nacionais de desenvolvimento econômico definidos pelo governo federal.

Lula anunciou nesta quinta 16 ministros que vão compor o seu governo a partir de janeiro de 2023 e apresentou as primeiras mulheres do mais alto escalão da próxima administração.

Ao todo, serão 37 pastas em seu governo. Restam, assim, mais 16 postos a serem ocupados por indicação do futuro chefe do Executivo. A dificuldade nas indicações partidárias tem travado algumas nomeações.

A divulgação dos nomes estratégicos do governo Lula foi feita no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), local escolhido como sede da transição, em Brasília, um dia depois da aprovação da PEC (proposta de emenda Constitucional) da Gastança.


Luiz Marinho | 63 anos

Luiz Marinho nasceu em Cosmorama (SP) em 1959. Formado em direito, foi metalúrgico nos anos 1970, quando conheceu o ex-presidente Lula. Em 1984 foi eleito tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Nas gestões seguintes assumiu os cargos de secretário-geral e vice-presidente. Em 1996, foi eleito presidente do sindicato, cargo para o qual foi reeleito mais duas vezes (1999-2002 e 2002-2003). Em 2002 foi candidato a vice-governador do estado de São Paulo na chapa encabeçada por José Genoino (PT). Geraldo Alckmin (PSDB) venceu a disputa no segundo turno. No ano seguinte foi eleito presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Assumiu o Ministério do Trabalho em 2005, no governo Lula. Dois anos depois tornou-se ministro da Previdência Social. Em 2008 deixou o posto para concorrer à Prefeitura de São Bernardo do Campo, a qual comandou por dois mandatos. Em março de 2018 foi confirmado como candidato do PT ao governo de São Paulo após vencer as prévias.

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