Descrição de chapéu indústria

Comitê de ato pró-democracia defende Josué na Fiesp e diz que afastamento causa indignação

Assinam a nota nomes como Oscar Vilhena, Arminio Fraga, Neca Setubal e Juruna

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São Paulo

Membros do comitê que organizou o ato das entidades em defesa da democracia no dia 11 de agosto do ano passado divulgaram nesta quarta-feira (18) uma manifestação de solidariedade ao presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, destituído em uma assembleia realizada na última segunda.

A adesão da federação a um dos dois manifestos tornados públicos nos dias que antecederam o ato foi um dos pontos de tensão entre a gestão de Josué e os sindicatos que fazem oposição a ele.

Na nota divulgada pelo comitê, os integrantes dizem que a deliberação pelo afastamento do dirigente causa indignação, e classificam a movimentação como uma "insidiosa tentativa".

Assinam a manifestação de solidariedade o professor a FGV Direito e colunista da Folha Oscar Vilhena Vieira, o diretor e a vice-diretora da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo e Ana Elisa Bechara, o economista Arminio Fraga, o sociólogo Caio Magri, do Instituto Ethos, o líder sindical João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força, a socióloga Maria Alice Setubal, a Neca, presidente do conselho da Fundação Tibe Setubal, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, e o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.

Público acompanha leitura dos manifestos pela democracia no Pátio das Arcadas e na parte externa da Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, em São Paulo - Eduardo Knapp-11.ago.22/Folhapress

"Causa particular repulsa o fato de que pese contra a permanência de Josué Gomes na presidência da instituição o seu apoio ao 'Manifesto em Defesa da Democracia e da Justiça'", diz a nota do comitê.

Oscar Vilhena diz que face à importância da participação do presidente da Fiesp na elaboração do manifesto de 2022, o comitê entendeu que era necessário divulgar publicamente seu apoio a Josué.

"A participação de Josué Gomes na defesa da democracia foi essencial para que as eleições de 2022 ocorressem dentro da normalidade, devendo ser motivo de orgulho para a classe empresarial brasileira", afirmam os integrantes do comitê.

"Não se pode admitir, portanto, que um pequeno grupo de pessoas ressentidas com o triunfo da democracia sobre o autoritarismo venha agora, em sintonia com aqueles que vandalizam nossas instituições, retaliar uma liderança empresarial exemplar, que sempre deixou claro ser a democracia o único caminho para que o Brasil supere os seus principais desafios."

Na quarta, o advogado Miguel Reale Jr, que representa o presidente da Fiesp, disse à Folha que o resultado da assembleia que decidiu pela destituição é inválida, mas que Josué Gomes ainda não decidiu que tipo de medida vai tomar.

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