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Edição da newsletter FolhaMercado tem perguntas sobre PIB, reoneração de combustíveis, empresas da Bolsa e mais

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O que você precisa saber sobre o PIB de 2022

A economia brasileira fechou o ano de 2022 com crescimento acumulado de 2,9%, conforme dados do PIB divulgados nesta quinta (2) pelo IBGE (explicamos aqui como o resultado é calculado).

Em números: no último trimestre do ano, a atividade recuou 0,2% ante os três meses anteriores, em linha com as projeções do mercado. É um sinal de que o processo de alta de juros chegou à economia, conforme esperado diante da defasagem da política monetária.

  • Irlanda no topo e Polônia em último: veja aqui o desempenho do PIB de 34 países no último trimestre de 2022.

Entenda o desempenho do PIB brasileiro em 2022 em quatro pontos:

1 - Serviços: o setor é o principal da ótica da oferta e a alta de 4,2% puxou o avanço da economia no ano, sendo responsável por 2,4 pontos percentuais dos 2,9% de crescimento.

  • Ainda na ótica da oferta, a indústria avançou 1,6% no ano, enquanto a agropecuária recuou 1,7%, sob efeito da quebra da safra de soja.

2 - Consumo das famílias: o principal setor do lado da demanda teve alta de 4,3% no ano passado, impulsionado pelo retorno das atividades presenciais.

  • Foi também ajudado pela poupança das famílias na pandemia, pela retomada do mercado de trabalho e por medidas de incentivo ao consumo durante o período eleitoral, como ampliação do Auxílio Brasil e cortes de impostos.

3 - Repercussão: para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a economia não cresceu "nada, nada, no ano passado", enquanto o ministro Fernando Haddad (Fazenda) responsabilizou a antiga gestão pela retração no último trimestre.

4 - Análises:

  • PIB de 2022 foi bem melhor do que se previa, mas aumento forte do número empregos e do consumo foi surpresa que não vai se repetir neste ano, escreve Vinicius Torres Freire.

E para 2023? As projeções sinalizam um avanço próximo de 1% no ano. Os juros devem continuar pressionando o consumo, e agora não há retomada pós-pandemia, além de as famílias estarem endividadas e a economia global em desaceleração.

  • O alívio pode vir do agro, que caminha para uma safra maior do que em 2022.

Bolsa na mínima

Puxada pelo recuo das ações da Petrobras, a Bolsa fechou o quinto dia seguido em queda e atingiu o patamar mais baixo do ano. O tombo só não foi maior por causa das disparadas nas ações de EDP Brasil e C&A.

Em números: o Ibovespa encerrou esta quinta em queda de 1,01%, a 103.325 pontos, no menor nível desde 16 de dezembro, quando a PEC da Transição era discutida. O dólar avançou 0,25%, a R$ 5,20.

No primeiro pregão após a Petrobras ter registrado o maior lucro da história de uma companhia brasileira, suas ações ordinárias caíram 2,74%, enquanto as preferenciais recuaram 2,60%.

  • O resultado positivo veio em linha com a expectativa do mercado, mas os papéis foram afetados pela manutenção de incertezas relacionadas aos próximos passos da petrolífera, dizem analistas.
  • A dúvida reside sobre o pagamento dos R$ 35,8 bilhões em dividendos anunciados, uma vez que o governo tem o poder de vetar essa transferência na assembleia de abril.

No lado positivo, destaque para as ações da EDP Brasil, empresa de geração, distribuição e transmissão de energia.

  • O preço atribuído pela EDP será de R$ 24 por ação, com um prêmio de 22,26% sobre o fechamento da ação na quarta, de R$ 19,63. A operação pode movimentar cerca de R$ 6,1 bilhões.
  • A EDP Brasil estreou na Bolsa há quase 20 anos, e hoje atende no ramo de distribuição cerca de 3,8 milhões de clientes com duas concessionárias, em São Paulo e Espírito Santo, além de ser importante acionista da Celesc, de Santa Catarina.

Outro destaque positivo do dia foi a C&A, cujos ações saltaram 12,37% depois de a empresa ter divulgado um balanço que agradou aos analistas, com crescimento de 37,9% no lucro líquido do quarto trimestre.


Dê uma pausa

No último final de semana, a Berkshire Hathaway divulgou sua tradicional carta anual, em que os bilionários Warren Buffett, 92, e Charlie Munger, 99, fazem um balanço da carteira de investimentos da empresa no ano que passou e traçam cenários para a economia americana e mundial.

A Berkshire, hoje a sexta maior companhia aberta do mundo em valor de mercado, é conhecida por suas posições duradouras em companhias tradicionais e cujos negócios pouco dependem de ciclos econômicos de curto prazo.

  • Em 2022, ano negativo para os principais indicadores do mercado americano, a empresa comandada por Buffett registrou lucro operacional recorde de US$ 30,8 bilhões.

Na carta, o bilionário de Omaha reforçou sua tese de "nunca apostar contra os EUA" e fez um alerta para casos de "contabilidade criativa" em empresas públicas. Veja alguns trechos do documento aqui.

Quer saber mais sobre o estilo Buffett de investir? Separamos algumas indicações:

  • Como ser Warren Buffett (2017): documentário que mostra o estilo de vida do megainvestidor, que foge da badalação e mora em uma casa modesta em Omaha, no estado de Nebraska. Disponível no HBO Max.
  • A Bola de Neve (2020): única biografia autorizada de Buffett, lançada pela editora Sextante no Brasil (Alice Schroeder, trad. Fabiano Morais, Livia de Almeida e Marcello Lino, R$ 89,90, 992 págs, R$ 49,90 ebook).

Além da economia

  • TV Folha: veja como foi a última sessão de cinema do Anexo Itaú da rua Augusta.
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