Aneel propõe corte de 1% em tarifa da Enel SP, mas residências não terão alívio

Proposta prevê redução apenas para indústrias que compram energia em alta tensão

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Rio de Janeiro

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs redução média de 1% nas tarifas de eletricidade da Enel SP, que atende a região metropolitana de São Paulo. O consumidor residencial, porém, não terá alívio, já que o corte será concentrado para indústrias.

De acordo com a proposta que será levada a consulta pública, indústrias que compram em alta tensão terão queda de 4,19% na tarifa. Já consumidores de média tensão (0,06%) e residenciais (0,11%) ficam com as tarifas praticamente estáveis.

As novas tarifas, se aprovadas, entram em vigor no dia 4 de julho. A proposta, porém, ainda será discutida pelo mercado e consumidores antes de ser votada em reunião da diretoria da agência.

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Aneel propõe redução média de 1% nas tarifas da Enel SP, que atende a região metropolitana de São Paulo. - Gabriel Cabral/Folhapress

Segundo a Aneel, os itens que mais impactaram os cálculos para a proposta de redução das tarifas foram a redução de custos com aquisição e distribuição de energia e componentes financeiros do processo tarifário anterior.

Entre esses componentes, está o custo de aquisição de energia de Itaipu, que caiu 1,98%. A devolução de impostos federais cobrados indevidamente sobre a conta de luz no passado também impactou, puxando a tarifa para baixo em 6,68%.

A tarifa de Itaipu, porém, será revista para cima, segundo o novo diretor-geral de Itaipu, Enio Verri. O valor de US$ 16,19/Kw (R$ 85,62) está em vigor desde 1º de janeiro no Brasil, mas foi fixado unilateralmente pela gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL), sem consultar o lado paraguaio. A tarifa acertada entre os dois países no ano passado foi de US$ 20,75/kW (R$ 109,73).

Segunda maior distribuidora de energia do país, atrás da mineira Cemig, a Enel SP entrega eletricidade para 7,5 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista.

Com reajuste no fim de maio, a Cemig ainda sofrerá grandes aumentos, segundo a proposta apresentada pela Aneel. Para consumidores residenciais, a agência calcula aumento de 11,98%. Para indústrias de média tensão, a alta é de 12,52% para os de alta tensão, 5,26%.

No Rio de Janeiro, os consumidores também foram impactados por alta de tarifas. Na Light, que atende a região metropolitana da capital, a alta média foi de 7%. Na Enel RJ, que opera no interior, a alta média foi de 3,28%. Em ambos os casos, os novos valores passaram a vigorar no dia 15 de março.

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