Musk admite desvalorização do Twitter, startup para mecânicos capta US$ 14,5 mi e o que importa no mercado

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Musk reconhece desvalorização do Twitter

Elon Musk estima que o Twitter vale hoje US$ 20 bilhões (cerca de R$ 105 bilhões), o que seria menos da metade dos US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 213 bilhões) que ele gastou para comprar a rede no ano passado.

  • A avaliação veio em uma carta interna aos funcionários sobre bonificação de ações e que foi vista por vários veículos de imprensa americanos.

O que explica: no documento, Musk diz que o Twitter chegou a beirar a falência ao enfrentar uma perda de faturamento de US$ 1,5 bilhão (quase R$ 8 bilhões) e vencimentos de dívida do mesmo montante.

  • "O Twitter estava destinado a perder US$ 3 bilhões [cerca de R$ 15 bilhões] por ano", ele publicou na rede. "Agora que os anunciantes estão retornando, parece que vamos alcançar o ponto de equilíbrio no segundo trimestre" de 2023, completou.

Sim, mas… Parte da recente queda de receita da rede social pode ser atribuída ao próprio bilionário, com a saída de uma série de grandes anunciantes da plataforma.

Mais sobre a plataforma

Partes do código-fonte do Twitter, base que sustenta seu funcionamento, foram vazadas na internet. Os documentos foram acessados pelo New York Times, que fala em uma rara e importante exposição de propriedade intelectual da empresa.


Como IA fez papa 'farialimer'

A imagem falsa do papa Francisco vestindo um casacão branco no estilo jaqueta puffer, tipo de vestimenta bastante usada por "farialimers" --os trabalhadores do centro financeiro paulistano --, inundaram as redes sociais neste fim de semana.

Entenda: a ilustração do papa foi publicada originalmente em um fórum do Reddit do Midjourney, app que cria imagens a partir de uma tecnologia chamada de "rede generativa adversarial".

  • Essa categoria de aprendizagem de máquina surgiu em 2014 e coloca a IA em pares: um lado capaz de criar o conteúdo, outro para avaliar se o conteúdo é falso.
  • O robô vai em um método de tentativa e erro até que o resultado seja convincente.

Este é um tipo de imagem feita por IA generativa, a mesma fórmula adotada pelo ChatGPT para criar textos.

  • Em plataformas como Midjourney, Stable Diffusion e Dall-e, os usuários descrevem a imagem que querem usando um texto e recebem ela pronta.
Montagem mostra o Papa Francisco vestindo uma jaqueta branca. Ele aparece andando em uma rua, vestindo um jaquetão de nylon branco e seu crucifixo no peito.
Montagem mostra o Papa Francisco vestindo uma jaqueta branca - Reprodução/Twitter

Sim, mas… A tecnologia ficou tão avançada que tem sido usada para criar deepfakes (conteúdo sintético gerado por IA) que podem enganar as pessoas em assuntos sérios.

Mais sobre IA

Ronaldo Lemos escreve em sua coluna sobre como o historiador Yuval Harari vê a IA como uma força "alienígena" que está sendo invocada, sem que sejamos sequer capazes de entender como ela funciona.


O que vai mudar nos fundos de investimento

Um novo marco regulatório da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre fundos de investimento deve ampliar as opções para a carteira do brasileiro e aumentar a transparência do setor.

  • As regras estão previstas para entrar em vigor em 3 de abril para os fundos que forem criados a partir dessa data. Para os já existentes, a adaptação pode ser até 31 de dezembro de 2024.

Entenda as principais mudanças:

  • Limite da responsabilidade do investidor: em caso de eventual prejuízo, o cotista do fundo responderá apenas pelo valor que aportou. Hoje, ele pode ser obrigado a depositar quantias adicionais para compensar o prejuízo.
  • Exposição a outros mercados: os fundos poderão investir o total de sua carteira em ativos do exterior, ampliando o leque de oportunidades ao investidor brasileiro pessoa física. Hoje, só têm acesso a isso os com R$ 10 milhões aplicados.
  • Transparência: taxa de gestão, administração e distribuição, que hoje vêm em uma só cobrança, serão divulgadas separadamente.
  • FIDCs: os investidores de varejo agora poderão alocar recursos nesses fundos, que investem em títulos de crédito lastreados em dívidas a serem pagas (contamos mais sobre eles aqui).
  • Sem intermediário: fundos podem investir diretamente em criptoativos e em "ativos ambientais", como os créditos de carbono.

Mais sobre investimentos


Startup da Semana: Mecanizou

O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que anunciou uma captação recentemente.

A startup: fundada em 2021, a plataforma conecta oficinas mecânicas às distribuidoras de peças e promete facilitar o dia a dia do mecânico.

Em números: a Mecanizou anunciou na semana passada ter captado US$ 14,5 milhões (R$ 76 milhões) em uma rodada série A (entenda aqui as etapas de investimento em startups).

  • A startup já havia divulgado uma captação seed de US$ 4 milhões em 2022.

Quem investiu: o financiamento foi liderado pelo fundo Monashees (que tem na carteira Loggi, Rappi, Buser, Loft, Daki, Flash…) e também teve participação de FJ Labs, Dalus Capital e Alexia Ventures.

Que problema resolve: com mais de 600 mil peças e 300 distribuidores cadastrados, a startup promete poupar tempo e recursos do mecânico, que precisa apenas inserir na plataforma a peça desejada e a placa do carro em conserto.

  • O sistema da Mecanizou identifica o item específico daquele veículo e gera opções de preços de diferentes distribuidores. Dentro da grande São Paulo, o prazo médio de entrega é de 55 minutos, segundo a startup.

Por que é destaque: além de ter anunciado o maior aporte entre startups da América Latina na última semana, a Mecanizou atua em uma área do mercado automotivo cuja procura cresceu ainda mais desde a pandemia.

A semana em resumo

Foram sete rodadas anunciadas por startups da América Latina, com US$ 16,9 milhões (R$ 89 milhões) em investimentos.

Os dados foram fornecidos pela plataforma Sling Hub.

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