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Edição da newsletter FolhaMercado tem perguntas sobre decisão do BC sobre juros, compra do Credit Suisse pelo UBS, plano de recuperação judicial da Americanas e mais

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Bolsa tomba após Copom

A Bolsa tombou e fechou abaixo do patamar simbólico dos 100 mil pontos no dia seguinte ao anúncio da decisão do BC sobre a Selic.

A reação não teve a ver com a manutenção da taxa, que já era esperada, mas sim com o tom duro do comunicado do Copom, que não abriu nem uma fresta para a queda dos juros na próxima reunião.

Em números: o Ibovespa fechou em queda de 2,28%, a 97.926 pontos, pior marca desde 18 de julho do ano passado. O dólar subiu 0,99%, a R$ 5,28.

  • Nos juros futuros, os analistas também refizeram as contas com a expectativa de atraso para a queda da Selic.

  • No vencimento para janeiro de 2024, a taxa avançou de 13,02% para 13,20%. Para 2025, de 12,05% para 12,12%, e para 2027, de 12,31% para 12,36%.


O que explica: juros nesse patamar por mais tempo significam que a Bolsa continuará sendo menos atrativa em relação à renda fixa, o que motiva um rebalanceamento nas carteiras dos grandes investidores.

  • Também contribuíram para o azedume as críticas do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à autoridade monetária. Nesta quinta, o presidente voltou à carga e disse que a "história julgará" as decisões do BC.

Com o cenário de juros nas alturas por mais tempo, as ações do varejo, que já vinham pressionadas, caíram ainda mais. O setor depende de uma Selic mais baixa para aumentar suas vendas e diminuir o custo da dívida.

  • A maior queda do dia ficou com o papel ordinário do Magazine Luiza, com recuo superior a 13%.

Montadoras querem fabricar elétricos no Brasil

O número de automóveis totalmente elétricos emplacados no Brasil chegou a 8.458 em 2022, numa alta de 195,7% ante 2021.

Mesmo assim, as unidades representam só 0,4% dos licenciamentos de carros de passeio e veículos comerciais leves no país. É um contraste com a proporção global, em que 10% dos carros vendidos em 2022 não queimam combustível.

Entenda o que trava a popularização dos elétricos no Brasil:

  • Preço: os modelos eletrificados já costumam ser mais caros que os com motores a combustão lá fora, onde são fabricados. Quando são somados a essa conta o custo de importação e os tributos –ainda que existam incentivos–, o valor acaba ficando bem salgado.
  • Infraestrutura: ainda não é possível rodar por todo o país com um veículo que não tem tanque de combustível. Hoje são cerca de 3.000 eletropostos disponíveis no Brasil, principalmente no Sudeste e no Sul.

Isso não quer dizer que o setor esteja alheio a esse movimento. Para baratear o custo, uma ideia é trazer a fabricação para o Brasil, como planeja a BYD.

  • A chinesa é a principal rival da Tesla a nível mundial e negocia para instalar sua primeira fábrica nacional de carros de passeio por aqui com a compra do complexo que era da Ford em Camaçari (BA).
  • Um dos modelos cotados para produção nacional é o Yuan EV Plus, que já está à venda por R$ 270 mil, mas a intenção é barateá-lo com a fabricação nacional.

Sobre a ampliação dos eletropostos, tanto a Shell quanto a Vibra (ex-BR Distribuidora) planejam expandir suas redes.

Lá fora, os governos ousam nas metas e nos subsídios para o setor. Na Europa, o Parlamento aprovou no mês passado a proibição da venda de veículos novos com motores a gasolina ou a diesel a partir de 2035.

  • Nos EUA, o plano é que metade dos novos carros a serem vendidos até 2030 tenha zero emissão de carbono.

Mais sobre eletrificação

Com estreia no Brasil neste final de semana, Fórmula E é novo laboratório para desenvolvimento de automóveis.


Dê uma pausa

  • Para assistir: "Succession" - na HBO

Com 13 prêmios Emmy na conta, o drama familiar queridinho do público e da crítica chega ao começo do fim neste domingo, quando será exibido o primeiro episódio da quarta temporada, a última da série.

Ainda não viu? A série carrega o espectador para o meio de uma intriga que envolve um pai e seus quatro filhos na disputa pelo comando de um enorme e tradicional conglomerado de mídia.

Além de resolver as picuinhas internas, a família ainda tem que enfrentar investidores irritados com a decadência do império de mídia, visto como uma empresa ultrapassada na era da internet e redes sociais.

  • Em "Succession", as atitudes nonsense dos personagens, as intrigas bilionárias desconectadas da realidade do espectador e as alusões a absurdos do mundo corporativo regem a saga da família Roy, escreve Leonardo Sanchez.
  • É verdade que os últimos três anos trouxeram grandes títulos, mas nada em exibição conseguiu se manter com a mesma eletricidade e número crescente de adeptos do que o inferno luxuoso dos Roy, opina Luciana Coelho.

Além da economia


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