Descrição de chapéu Silicon Valley Bank

Você sabe tudo sobre a crise bancária nos EUA e Europa? Teste no quiz

Edição da newsletter FolhaMercado tem perguntas sobre a falência de instituições nos EUA e a turbulência no Credit Suisse

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Um dia de calmaria

Depois de um quarta-feira em que a crise bancária escalou e atravessou o Oceano Atlântico para chegar à Europa, nesta quinta (16) dois anúncios de apoio financeiro tiveram um efeito tranquilizante nos mercados –por enquanto.

Na Europa, as ações do Credit Suisse fecharam em alta de 19%, recuperando boa parte da queda de 25% no dia anterior, quando os investidores ficaram bem preocupados com a saúde financeira do banco e com o efeito de contaminação da crise (explicamos aqui).

  • O alívio veio depois que o banco central da Suíça garantiu ao Credit um empréstimo de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 53,7 bilhões, R$ 284,4 bilhões), afastando temores sobre falta de liquidez do banco suíço.

Nos EUA, o respiro veio após um consórcio de 11 bancões americanos anunciar um apoio financeiro de US$ 30 bilhões ao First Republic Bank.

  • O banco da Califórnia era tido pelo mercado como o mais propenso a quebrar depois da falência do SVB e do Signature, e suas ações passaram por uma montanha-russa nos últimos dias.
  • O anúncio também evidencia uma estratégia diferente dos bancões dos EUA em relação à crise de 2008. Desta vez, a ideia é não repetir a compra de uma instituição em crise, o que acabou gerando problemas regulatórios e de operação na época.

Sim, mas…Tanto os analistas do Brasil quanto os lá de fora avaliam que essas ajudas são momentâneas e não acabam com a desconfiança dos investidores sobre o sistema financeiro.



Nas Bolsas, o Ibovespa fechou em alta de 0,73%, a 103.433 pontos, enquanto o dólar recuou 1,05%, a R$ 5,23. Lá fora, os principais índices fecharam em avanço entre 1% e 2%.

Opinião: Vaquinhas de bilhões para salvar bancos dizem pouco sobre futuro da crise, afirma Vinicius Torres Freire.


A maior ameaça ao TikTok nos EUA desde Trump

O governo americano escalou o nível do embate com o TikTok e agora ameaça banir o app do país se os chineses da Byte Dance não venderem sua participação na plataforma, reportou o Wall Street Journal.

Entenda: o presidente americano Joe Biden, que vinha adotando tom mais comedido nas negociações em comparação com o ex-mandatário Donald Trump, agora repete seu antecessor com a ameaça de suspensão do app.

  • Em 2020, Trump perdeu uma série de disputas nos tribunais americanos e foi obrigado a desistir da medida.
  • O temor das autoridades é o mesmo: que o TikTok seja obrigado a entregar dados dos consumidores americanos caso haja uma ordem do governo chinês, conforme manda a lei de segurança nacional local.

O TikTok respondeu. O CEO do app, Shou Zi Chew, disse ao WSJ que uma venda forçada "não irá resolver as preocupações de segurança" de Washington.

  • Ele cita que a operação não irá proteger mais o país do que o plano do app de custo bilionário que envolve pagar à americana Oracle para armazenar os dados em território nacional.

Não é só o app de vídeos curtos. Como escreve o colunista Nelson de Sá, o TikTok nem é mais o líder na App Store e no Google Play.

  • Quem desponta agora é o Temu, rival da Shein que deseja superá-la em vendas nos EUA ainda neste ano. Na sequência ainda aparecem o CapCut, um editor de vídeo, e a própria Shein. Todos chineses.

Dê uma pausa: lembrou de 2008?

Depois de 13 anos, mais uma crise bancária de grandes proporções atinge os EUA.

Com a semelhança da quebra de relevantes bancos –na época, o Washington Mutual, desta vez, o SVB –, leitores podem estar se perguntando se essa seria uma repetição dos fatores que levaram à crise de 2008, que se tornou financeira e atingiu o mundo inteiro.

A resposta é não. Como escreveu Vinicius Torres Freire, o SVB quebrou à moda antiga, o que pode afetar menos o restante da economia. Também mostramos aqui outras diferenças entre a crise atual e a de 2008.

Quer entender melhor o que foi a crise de 2008? Separamos algumas dicas no streaming:

  • Trabalho interno (2010): documentário entrevista agentes do mercado e ajuda a entender como as falhas de regulação permitiram a alavancagem em créditos "podres". Vencedor do Oscar de 2010. Disponível na Oi Play e para alugar na Apple e Claro.
  • A Grande Aposta (2015): indicado a melhor filme do Oscar em 2016, ele tenta explicar, com uma edição dinâmica, o que inflou e como estourou a bolha imobiliária dos EUA. Disponível no Prime Video.
  • ‘Grande Demais Para Quebrar’: o longa de 2011 conta a negociação envolvendo a falência do banco Lehman Brothers, que era considerado "too big to fail" (grande demais para quebrar). Disponível no streaming HBO Max.

Veja aqui uma lista de livros que explicam a crise de 2008.

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