Americanas fecha acordo para suspender disputas judiciais com credores

Empresa não cita nomes de bancos envolvidos nem quanto tempo irá durar a suspensão

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Marcelo Azevedo André Romani
São Paulo

A Americanas anunciou nesta terça-feira (11), em comunicado ao mercado, que fechou um acordo com alguns credores financeiros para suspender temporariamente disputas judiciais em curso. Os nomes dos bancos envolvidos não foram citados.

A companhia diz que a suspensão vai permitir que seus esforços sejam focados na negociação de um plano de recuperação judicial que garanta a continuidade de sua operação e seja aceitável para a maioria dos credores.

"Em que pese ainda não haver acordo com seus credores financeiros em relação à última proposta apresentada, a companhia segue empenhada em manter negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades", diz a Americanas.

fachada em branco em que se lê Americanas em vermelho
Fachada da Lojas Americanas, na rua Direita no centro de São Paulo. - Bruno Santos/ Folhapress

O Itaú Unibanco confirmou à Reuters na véspera que é uma das instituições envolvidas no acordo, após notícias sobre o assunto.

A Americanas não mencionou por quanto tempo a suspensão irá vigorar.

Bancos credores e Americanas vêm travando diversas batalhas judiciais, em especial em tribunais no Rio de Janeiro e de São Paulo, sobre fatores como a produção de provas antecipadas no âmbito das investigações das inconsistências contábeis reveladas pela varejista. O caso, inclusive, chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A Americanas enfrenta um processo de recuperação judicial desde janeiro deste ano, com uma dívida de aproximadamente R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores.

No início de abril, o trio de bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, donos da empresa de private equity 3G e acionistas de referência da Americanas, acenou com um aporte de R$ 12 bilhões na varejista para tentar contornar a crise.

Um aporte significativo para cobrir parte do rombo era exigência dos bancos desde que o escândalo veio à tona, em janeiro. Eles começaram exigindo R$ 16 bilhões, mas alguns já estavam aceitando R$ 12 bilhões.

(Com Reuters)

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