Descrição de chapéu carro elétrico

Montadora chinesa GWM começará produção no Brasil em maio de 2024

Veículos serão fabricados no interior de SP, em instalações que já foram da Mercedes-Benz

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A montadora GWM (Great Wall Motors) anunciou nesta quinta (27) que vai começar a produção de carros no Brasil em 1º de maio de 2024.

A empresa chinesa tem uma fábrica em Iracemápolis (SP), a 167 km da capital paulista. Lá, serão produzidos inicialmente dois modelos: uma picape híbrida de motor flex, chamada Poer, e uma SUV.

A picape foi apresentada nesta quinta. O modelo foi mostrado parcialmente encoberto, pois ainda passa por adaptações para atender às necessidades do mercado e das vias brasileiras.

Evento de lançamento da picape Poer, em fábrica da GWM em Iracemápolis, que teve a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) - Rubens Cavallari/Folhapress

A SUV usará a mesma base tecnológica da nova Poer. Ambas serão movidas a energia elétrica, gasolina e etanol. Trata-se do primeiro projeto com motor flex desenvolvido pela empresa.

A Poer, cujo preço de venda não foi definido, deve competir com picapes de porte médio, que usam diesel como combustível.

"Queremos que, nesta picape, o km rodado com etanol seja melhor em termos financeiros do que com diesel", planeja Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da GWM.

A Poer deverá ter capacidade para levar cerca de 1 tonelada de carga. "O modelo híbrido permite que o veículo não precise levar muito peso em baterias. E o motor elétrico entrega muita força na partida, algo importante para quem usa um veículo de trabalho", comenta Bastos.

A expectativa é que os primeiros carros da GWM fabricados no Brasil cheguem ao mercado em meados do segundo semestre de 2024. Os primeiros três a seis meses de operação da fábrica devem ser usados para testes das máquinas e a fabricação de protótipos.

A fábrica de Iracemápolis, a primeira do Brasil dedicada exclusivamente à produção de veículos híbridos e elétricos, e ocupa instalações que pertenceram à Mercedes-Benz. A produção feita ali deverá também ser exportada a outros países da América Latina.

"Os primeiros países candidatos a receber os carros são os do Mercosul [Argentina, Paraguai e Uruguai]. Também estamos analisando países que estão criando políticas para a eletromobilidade, como Colômbia, Chile, Costa Rica e México", diz Bastos.

A GWM está investindo R$ 10 bilhões na nova fábrica, que passará por um processo de modernização para ampliar sua capacidade produtiva, de 20 mil para 100 mil unidades por ano. Isso deve gerar 2.000 empregos diretos, prevê a fabricante.

"A neoindustrialização do Brasil passa pela descarbonização e pela inovação, pela criação de meios de produção mais sustentáveis e eficientes. Há uma sinergia entre este projeto de desenvolvimento de tecnologia da indústria automotiva brasileira conduzido pela GWM e o pensamento do governo brasileiro", afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin, que esteve no evento desta quinta.

A GWM é uma das maiores montadoras chinesas, tem hoje outras três bases de produção, na China, Rússia e Tailândia. A empresa começou a oferecer seus carros no Brasil em março, ainda em esquema de pré-venda. O utilitário esportivo Haval H6 custa a partir de R$ 209 mil na versão Premium (243 cv), que concilia eletricidade e gasolina.

O modelo tem também versões híbridas com sistema plug-in, podendo ser recarregadas na tomada. Nessa opção, é possível rodar até 170 quilômetros no modo 100% elétrico.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.