Descrição de chapéu The New York Times

Só US$ 20 de gorjeta numa entrega de US$ 388 em sushi: a matemática brutal do Uber Eats nos EUA

Aumento de entregas sem contato tornou os clientes menos inclinados a dar gorjetas generosas, e o trabalho está ainda mais difícil

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Kellen Browning
Los Angeles | The New York Times

Brantley Bush não conseguia afastar o medo de que estava prestes a ser roubado. Era uma noite fria de sábado, e Bush, motorista entregador do Uber Eats, esperava num beco próximo a uma lixeira no bairro de Pacific Palisades –local decididamente despretensioso no meio de um enclave rico perto de Santa Monica, em Los Angeles (Califórnia).

Ele tinha acabado de pegar um pedido de um restaurante de sushi sofisticado próximo, para três entregas separadas, o que lhe dava a oportunidade de ganhar uma boa gorjeta.

A primeira entrega foi num sobrado com um gramado bem cuidado e uma grande magnólia. A segunda foi para um professor numa aula de música tarde da noite num conjunto de escritórios.

Brantley Bush em seu carro do lado de fora da Porta Via Beverly Hills, na esperança de pegar um pedido de aplicativo de entrega do restaurante em Los Angeles, Califórnia, nos EUA - Mark Abramson/NYT

A terceira era o item grande, o motivo pelo qual Bush aceitara a entrega: um saco de papel com US$ 388 em sushi e sopa de missô. Se tivesse sorte –e se o cliente fosse generoso–, Bush poderia esperar uma gorjeta de US$ 50 ou US$ 70, o que faria sua noite valer a pena.

Ele dirigiu seu Subaru 2000 em direção a Brentwood, passando por casas multimilionárias decoradas com fontes e bonsais bem aparados. Um homem saiu de uma casa e trocou algumas gentilezas com Bush antes de aceitar o pedido por cima de uma cerca de estacas.

Então ele teve que esperar. Uma hora depois, a gorjeta apareceria e a generosidade do homem determinaria se a noite de Bush tinha sido um sucesso.

A popularidade do "delivery" de alimentos disparou durante o auge da pandemia, quando os motoristas de entrega eram chamados de heróis que se arriscavam a ficar doentes para que outros pudessem ficar em casa. Mas a novidade acabou e os motoristas dizem que estão sendo desvalorizados.

Alguns restaurantes encerraram sua opção de entrega em domicílio. E os clientes, condicionados durante a pandemia a preferir entregas "sem contato", que os motoristas agora dizem considerar desumanas, parecem menos inclinados a dar gorjetas generosas a alguém com quem mal interagem.

"Durante algum tempo", os motoristas de entrega foram "essenciais", disse Bush.

"As pessoas quase eram aplaudidas", acrescentou. "Agora somos apenas o fundo do poço."

Quando os clientes fazem um pedido pelo DoorDash ou Uber Eats, pagam no aplicativo e decidem antes da entrega quanto dar de gorjeta. Os motoristas geralmente não conseguem ver a gorjeta completa até depois de deixarem a comida, então devem cruzar os dedos e esperar pelo menos 10% de gorjeta. (Uber e DoorDash pagam aos motoristas apenas alguns dólares por viagem, então a maior parte da renda dos trabalhadores vem de gorjetas.)

Bush, 56, está entre os entregadores de comida veteranos que empregam uma estratégia específica: seja ambicioso ou não se incomode.

A premissa deles é simples. A margem de lucro em pedidos de entrega comuns, como uma pizza ou um burrito, é bastante baixa, especialmente considerando os preços da gasolina. Assim, esses motoristas se concentram em áreas ricas, como Beverly Hills e Pacific Palisades, rejeitando dezenas de pedidos de baixo valor enquanto esperam durante horas por uma grande compra de um restaurante sofisticado.

As melhores encomendas vêm de estabelecimentos nobres e frequentados por celebridades. Um ou dois pedidos grandes podem transformar uma noite infrutífera em uma com ganhos de US$ 100 a US$ 200 –uma grande diferença para os padrões de trabalho temporário.

Mesmo para motoristas experientes, tentar ganhar a vida costuma ser desmoralizante e imprevisível, embora as empresas para as quais trabalham estejam crescendo. Em seu mais recente relatório de ganhos trimestrais, a Uber disse que seu negócio de entregas gerou US$ 14,3 bilhões em vendas, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A DoorDash registrou US$ 14,4 bilhões em vendas, 29% a mais que no ano anterior. Nenhuma das empresas é rentável, mas o crescimento sinaliza que a entrega de comida continua popular, mesmo com mais clientes voltando a sair de casa para comer.

O trabalho de entrega em si atrai uma grande variedade de pessoas –desde quem gosta de horários flexíveis até imigrantes que não precisam dominar o inglês para usar os aplicativos.

Mas, como são contratados independentes, sem contracheque fixo ou empregador com quem contar para obter assistência, ganhar dinheiro é uma aposta diária. Depois que os motoristas entregam em condomínios fechados e para seguranças mal-encarados, os megarricos geralmente se recusam a dar gorjetas. Algumas estrelas da lista A dão caixinhas da lista D.

Por volta das 20h daquele sábado, Bush estava de volta ao beco de Pacific Palisades, que os motoristas da área determinaram ser o melhor local para seus telefones receberem pedidos de entrega de restaurantes próximos. Muitas vezes é um local lotado, com vários motoristas disputando uma posição privilegiada enquanto seguram seus telefones no ar. Perto dali, casais comiam sushi e bebiam vinho em pátios aquecidos.

As gorjetas piscaram em sua tela.

A primeira casa tinha dado US$ 10.

O professor de música não deixou nada para ele.

E o proprietário da casa em Brentwood, com aquele pedido de US$ 388, deu apenas US$ 20 –cerca de 5%.

Brantley Bush durante uma entrega de comida em um complexo de apartamentos no bairro de Venice, em Los Angeles - Mark Abramson?NYT

Altos e baixos

Bush, natural de Mobile, no Alabama, mudou-se para Los Angeles em 1991 para trabalhar no United Artists Theatre Group, uma operadora de cinemas. Depois começou a trabalhar na distribuição teatral para a New Line Cinema, um estúdio de cinema, e estava "ligado em como seria estar na frente da câmera".

Ele começou a atuar e apareceu em papéis menores em alguns pequenos filmes. Em 2001, foi demitido de seu trabalho de distribuição por um executivo de estúdio, disse. Uma das reclamações do executivo: Bush levou para ele M&M's de amendoim, quando havia pedido os normais.

Por duas vezes, como entregador, Bush aceitou encomendas que precisavam ser entregues na casa do executivo. Ele cancelou nas duas vezes.

Bush também serviu mesas, atendeu em bares e fez bicos em bufês.

Ele provavelmente poderia conseguir um emprego em tempo integral, mas descobriu que ser um trabalhador temporário lhe dava flexibilidade para fazer aulas de atuação e ir a audições de última hora.

Enquanto isso, ele gasta cerca de 40 horas por semana transportando churrasco, macarrão e sushi pela zona oeste de Los Angeles. Carismático, Bush, abrigado numa jaqueta acolchoada vermelha e com os cabelos grisalhos enfiados sob um gorro, conversa com a equipe do restaurante enquanto espera para pegar os pedidos.

Há momentos de júbilo, como quando ele recebeu uma gorjeta de US$ 130 de Doc Rivers, ex-técnico do Los Angeles Clippers que agora treina na Filadélfia. Durante o Oscar, no mês passado, ele ganhou quase US$ 200 com apenas duas entregas em festas.

"É como jogar", disse Bush, e as grandes gorjetas são "muito empolgantes".

Muitas vezes, porém, a aposta não compensa. Bush mora num apartamento em Santa Monica –assim ele pode surfar ali perto– e às vezes ganha dinheiro com bicos na indústria do entretenimento. Ainda vive mais "perto do limite" do que gostaria. No ano passado, pagou milhares de dólares para consertar o motor de seu carro de 23 anos.

"Quando é um dia ruim e você tem que dirigir 100 km para ganhar US$ 100, é apenas um ciclo negativo de ter que aplicar o dinheiro no carro para abastecer", disse ele.

Os desafios o fazem lembrar de seu tempo em Hollywood, onde assistentes mal pagos trabalham para sustentar a vida glamourosa das estrelas de cinema.

"Sempre vi esse tipo de comportamento, e ambos os lados dele, desde meus 20 anos", disse Bush. "Então eu sei que as pessoas poderosas podem ser tanto mesquinhas quanto generosas."

Os motoristas dizem que DoorDash, Uber e Postmates –um serviço de entrega que o Uber comprou em 2020– são inúteis e vivem com medo de ser barrados nas plataformas por cometer um erro ou receber uma reclamação. Alguns motoristas também descobriram recentemente que o Uber estava bloqueando gorjetas de US$ 100 ou mais, a menos que o cliente confirmasse o valor.

Uber e DoorDash disseram que a grande maioria de seus motoristas trabalha apenas meio período para obter uma renda suplementar, portanto, as experiências dos entregadores em tempo integral não são representativas.

Ainda assim, "não torna menos doloroso quando eles têm uma experiência negativa", disse Carrol Chang, chefe global de operações de motoristas e entregadores do Uber, em um comunicado.

O Uber afirmou que melhorou seu aplicativo para reduzir a "confusão de verificação" de gorjetas altas, como a de US$ 100, e acrescentou medidas nos últimos anos para incentivar melhores gorjetas. A empresa disse que estava tentando reduzir a prática de caixinha enganosa, em que os clientes oferecem uma grande gorjeta antecipadamente –que os aplicativos insinuam, incentivando os motoristas a se apressarem– e depois da entrega a cancelam.

Em 2019, o DoorDash mudou sua política de gorjetas, que efetivamente iam para a firma, em vez dos motoristas, após a indignação de clientes. Posteriormente, pagou US$ 2,5 milhões para resolver um processo sobre o assunto.

A empresa também disse que determinou que a estratégia de selecionar certos pedidos era menos lucrativa para os motoristas do que aceitar uma quantidade maior.

"Os dados mostram que, quando os "dashers" aceitam mais pedidos, geralmente ganham mais durante o curso", disse Elizabeth Jarvis-Shean, porta-voz da DoorDash, em comunicado. Ela acrescentou que a empresa está aberta ao feedback dos motoristas para melhorar suas experiências.

Alguns motoristas obtêm assistência da Proposição 22, a medida eleitoral da Califórnia aprovada em 2020 que foi apoiada por empresas de trabalho temporário e deu aos motoristas benefícios limitados, mas os impediu de ser classificados como empregados.

A Proposição 22 promete aos motoristas 120% do salário mínimo por hora da Califórnia. Se os motoristas ganharem menos que esse valor, receberão um pagamento duas vezes por mês da plataforma. Mas os motoristas são pagos apenas pelo tempo entre aceitar a entrega e entregá-la, o que significa que as horas que passam esperando diante dos restaurantes não são compensadas.

Alguns motoristas dizem que estão perto de um ponto de ruptura, especialmente após três anos de entregas sem contato.

Ric, um motorista que se recusou a dar seu sobrenome porque temia ser desativado dos aplicativos de entrega, estava trabalhando em Beverly Hills numa noite recente e conseguiu um pedido de US$ 354 de um restaurante chinês sofisticado.

Ele disse que levou ao extremo a estratégia de aceitar pedidos de qualidade em vez de quantidade, e prefere voltar para casa sem nada a aceitar um pedido com uma gorjeta humilhante.

"Se eles vão me tratar como um mordomo barato e glorificado –não é o que eu sou", disse Ric, um latino na casa dos 30 anos. Ele disse que os clientes e os aplicativos de entrega "nos veem como carne sobre rodas".

Competição após o anoitecer

Enquanto o sol baixava no horizonte, uma fila de carros começou a se formar atrás da lixeira no beco de Pacific Palisades para aguardar o movimento do jantar.

Stanley Huang e sua mulher, Jennifer, pressionaram seus telefones contra a parede de um prédio em um lado do beco –um dos muitos truques que eles usam para aumentar o número de pedidos de entrega que recebem de restaurantes próximos.

Stanley Huang embala um grande pedido do Erewhon, um supermercado sofisticado, pelo qual recebeu apenas uma gorjeta de US$ 5, em Los Angeles - Mark Abramson/NYT

Os motoristas descobriram locais específicos e aparentemente aleatórios que parecem dar a seus telefones a melhor chance de furar a fila para o próximo pedido. Em geral, a proximidade de um restaurante aumenta a probabilidade de receber um pedido de entrega, mas os melhores lugares geralmente ficam no quarteirão ou na esquina de um beco, em vez de bem na frente.

Às vezes, as ordens vêm rápidas e furiosas. Em outras, os motoristas parecem ser temporariamente expulsos do sistema –fenômeno que alguns chamam de "estrangulado".

Os motoristas disseram que o Uber ou o DoorDash pagam cerca de US$ 3,50 por pedido, independentemente do tamanho, e cerca de US$ 1 por milha rodada (1,6 km). (A Uber disse que seu pagamento se baseia numa fórmula mais complicada.) Os aplicativos mostrarão aos motoristas apenas até US$ 8 de gorjeta até que eles concluam a entrega. O restante da caixinha fica oculto. Esse sistema leva alguns motoristas a rejeitar qualquer pedido que mostre menos de US$ 11,50 em pagamento adiantado, porque não há chance de uma gorjeta "oculta".

Existem outros fatores, incluindo a distância e se há vários pedidos agrupados.

Não há nada mais irritante, dizem os entregadores, do que esperar uma hora, apenas para ver outro motorista parar e imediatamente ouvir o toque de um pedido em seu telefone.

Esse motorista geralmente é Huang, que atribui seu talento especial para abocanhar pedidos de alto valor principalmente à sorte.

Um ex-fotógrafo de casamento, Huang, 35, mudou-se da província de Hunan, na China, para Los Angeles há cerca de quatro anos e descobriu que entregar comida era um trabalho fácil para alguém com habilidades limitadas em inglês. Agora, disse ele, trabalha até dez horas por dia, sete dias por semana, e muitas vezes ganha mais de US$ 250 por dia antes de descontar as despesas.

Receber uma gorjeta ruim é frustrante, disse ele, "mas entendo que os clientes não querem dar gorjeta; os clientes vêm de diferentes países com culturas diferentes".

Ainda assim, certos pedidos ficaram na memória. Quando os motoristas atingem um determinado limite no DoorDash, às vezes lhes oferecem pedidos grandes para locais como estádios esportivos. Certa vez, Huang passou duas horas transportando um pedido de tacos de US$ 2.500 para um estúdio de música. Sua gorjeta foi de US$ 50.

Em uma viagem em março, ele transportou cinco sacolas de mantimentos no valor de cerca de US$ 500 da Erewhon, uma cadeia de supermercados de luxo. A caminho do cliente, ele imaginou que a gorjeta poderia ser de cerca de US$ 30. Em vez disso, foi uma decepção: apenas US$ 5.

Huang frequentemente sonha com uma carreira diferente.

"Minha mulher sempre me pergunta: 'Se não fizermos entrega de comida, que trabalho faríamos para ganhar muito dinheiro?' Eu digo 'TikTok'", disse ele. "Quero ser um influenciador."

Stanley Huang se alonga enquanto espera em um “hot spot” conhecido pelos motoristas que tentam pegar os melhores shows de aplicativos de entrega em restaurantes próximos, no bairro de Pacific Palisades, em Los Angeles - Mark Abramson/NYT

Circulando no mesmo território

Vitalii Kravchenko abriu um raro sorriso diante de um restaurante italiano sofisticado depois de sair de seu Lexus alugado. Ele estava entrando para pegar um pedido quando se deparou com Bush, a caminho de sua própria entrega. Eles posaram para uma foto rápida no crepúsculo de Santa Monica.

"A única vez que seremos amigos", disse Kravchenko.

"Nós dois recebemos um pedido, então tudo bem", concordou Bush.

As tensões às vezes aumentam quando muitos motoristas circulam no mesmo território, especialmente quando há poucos pedidos. Bush e Huang iniciaram uma amizade intermitente no ano passado, mas mal se falaram nos últimos meses.

Meses atrás, a mulher de Huang discutiu com Kravchenko, que achou que ela havia invadido uma vaga de estacionamento privilegiada que ele esperava.

Normalmente, Kravchenko, um imigrante russo de 39 anos, vê poucos motivos para sorrir. Na Rússia, disse ele, as pessoas nunca sorriem para estranhos.

"Aqui as pessoas sorriem –elas nem o conhecem", disse ele. "Elas sorriem, perguntam: 'Como vai você?' Não consigo entender o que devo dizer. Como eu estou? Devo contar todos os meus problemas?"

Kravchenko veio há dois anos de Vladivostok, na Rússia, para os Estados Unidos com visto de turista com sua mulher, que frequentemente o acompanha nas entregas. Uma vez nos Estados Unidos, eles pediram asilo político.

Kravchenko diz que são muito mais felizes na Califórnia, embora sua mulher tenha dificuldade para se adaptar porque fala menos inglês do que ele.

Nos EUA, Kravchenko estava procurando emprego e soube da entrega de comida pelo YouTube. Agora ganha cerca de US$ 750 por semana.

Mas a situação deles é imprevisível.

"A entrega ficou muito ruim", disse Kravchenko em um texto em março, acrescentando um emoji de careta. Ele disse que o volume de pedidos estava diminuindo, a concorrência aumentando e as gorjetas eram ruins. Ele começou a dirigir passageiros pelo aplicativo Uber para aumentar sua renda.

Embora o casal esteja lutando para sobreviver, a situação econômica na Rússia coloca as coisas em perspectiva. "Estamos acostumados a viver de salário em salário", disse Kravchenko. "Não temos medo de ficar sem dinheiro."

Em Vladivostok, Kravchenko era faz-tudo, representante de vendas e operador de food truck, ganhando no máximo US$ 375 por semana. Seus amigos que administravam empresas ganhavam apenas um pouco mais.

Os desafios na Rússia, disse Kravchenko, fazem os americanos parecerem triviais. Em Vladivostok, muitas pessoas carecem de serviços básicos como eletricidade, água quente ou mesmo banheiros funcionais em suas casas, disse ele.

"É uma diferença louca entre a vida aqui e lá", disse. "Os problemas que as pessoas têm aqui, nós, russos –talvez eu seja rude– não achamos que sejam problemas."

Nos Estados Unidos, Kravchenko ficou maravilhado com as exibições berrantes de riqueza. Mas ele fica constantemente confuso com a mesquinhez de alguns clientes.

"Não entendo como alguém pode ter uma casa de US$ 5 milhões e pagar de US$ 3 a US$ 5 de gorjeta", disse ele em russo, sentado em seu carro ao lado da lixeira no beco de Pacific Palisades. Ele muda para inglês: "Acho que quanto mais dinheiro, mais problemas".

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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