Descrição de chapéu Banco Central

Banco Central deve trocar 4 de 8 diretorias neste ano; veja quais

Todos os diretores participam do Copom, que define a taxa básica de juros

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São Paulo

Há oito diretorias no organograma do Banco Central (BC), abaixo da presidência, hoje ocupada por Roberto Campos Neto.

Destas, duas estavam aguardando indicações de novos nomes. São elas a diretoria de Política Monetária e a de Fiscalização, cujos mandatos dos atuais diretores expiraram em 28 de fevereiro.

Nesta segunda (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os dois indicados do governo para compor a diretoria do Banco Central.

De acordo com Haddad, Gabriel Galípolo, atual secretário-executivo da pasta, foi indicado para assumir a diretoria de política monetária da autarquia e o servidor Ailton Aquino dos Santos foi apontado para assumir a diretoria de fiscalização da autarquia.

Homem de terno e gravata gesticula
Gabriel Galípolo em jantar em São Paulo - Mathilde Missioneiro - 12.fev.2023/Folhapress

Pelo cronograma do BC, os próximos mandatos a expirar são de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Mauricio Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta —ambos em 31 de dezembro deste ano.

Veja abaixo o calendário:

Nome Cargo Fim do mandato
Bruno Serra Diretor de Política Monetária 08/02/2023
Paulo Souza Diretor de Fiscalização 28/02/2023
Fernanda Guardado Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos 31/12/2023
Mauricio Moura Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta 31/12/2023
Otavio Damaso Diretor de Regulação 31/12/2024
Carolina de Assis Barros Diretora de Administração 31/12/2024
Roberto Campos Neto Presidente 31/12/2024
Renato Dias de Brito Gomes Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução 31/12/2025
Diogo Guillen Diretor de Política Econômica 31/12/2025

Em dezembro do ano que vem, terminam os mandatos de Campos Neto, do diretor de Regulação, Otavio Damaso, e da diretora de Administração, Carolina de Assis Barros.

A lei também de autonomia do BC, aprovada em 2021, determina mandatos fixos de quatro anos ao presidente e aos diretores da autarquia, que podem ser renovados apenas uma vez e não são coincidentes com o do presidente da República.

Segundo a legislação, cabe ao presidente da República a indicação dos nomes dos diretores.

Posteriormente, eles passam por sabatina no Senado Federal. O chefe da autarquia pode designar uma diretoria diferente daquela para a qual um nome foi originalmente indicado pelo presidente.

A oficialização de quem assumirá a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) também pesa sobre os próximos passos da discussão.

O mais forte argumento a favor do modelo de gestão se baseia no fato de o mandato fixo ter como objetivo blindar o BC de interferências políticas.

A ideia inicial do governo Lula era discutir a escolha com Campos Neto, que, por sua vez, tinha a expectativa de tomar uma decisão em consenso com a gestão Lula.

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