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Galípolo será sabatinado pelo Senado para diretoria do BC dia 27 de junho

Expectativa é que secretário-executivo do Ministério da Fazenda seja aprovado pelos senadores sem grandes dificuldades

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Brasília

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, será sabatinado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado no dia 27 de junho para a vaga do BC (Banco Central).

O secretário foi escolhido pelo governo Lula (PT) para assumir a diretoria de Política Monetária, uma das mais importantes da autarquia depois da presidência —ocupada hoje por Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL).

Gabriel Galípolo ao lado do chefe, ministro Fernando Haddad, durante audiência pública na Câmara dos Deputados - Pedro Ladeira-17.mai.23/Folhapress

A data da sabatina foi definida nesta quarta-feira (7) pelo presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). A votação no plenário do Senado ainda não foi anunciada, mas a expectativa é de que ocorra no mesmo dia.

O servidor do Banco Central Ailton de Aquino Santos, indicado para comandar a área de Fiscalização da autarquia, será ouvido pela comissão no mesmo dia. As duas sabatinas estão agendadas para começar às 9h.

"A CAE está empenhada em promover um debate qualificado e construtivo durante as sabatinas, visando garantir a escolha dos melhores representantes para as diretorias do Banco Central, que atuarão em favor da estabilidade de preços e do desenvolvimento do país", disse Vanderlan em nota à imprensa.

Nome de confiança de Lula, Galípolo precisará se equilibrar entre a autonomia legal do BC e a missão creditada a ele de abrir caminho para o corte da Selic —um apelo do presidente ecoado por membros do governo e por quadros do PT desde o início da gestão.

A avaliação é de que o ingresso de Galípolo pode contribuir para abrir divergência ou ampliar as discussões nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), iniciando um processo de convencimento por dentro da instituição para cortar a taxa básica.

Futuramente, a aposta é que ele seja o escolhido de Lula para suceder Campos Neto, cujo mandato na presidência do Banco Central termina em dezembro de 2024.

No dia em que foi anunciado para a vaga, Galípolo arrancou elogios até da oposição, como mostrou a Folha. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a escolha "certamente" agrada.

Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que Galípolo "é o melhor nome da economia" e deve ser aprovado sem grandes dificuldades. "Grande indicação, mas vai deixar um vácuo muito grande na economia", disse o senador à reportagem na ocasião.

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