'Ninguém aguenta mais esse juro', diz Haddad em live com Nath Finanças

Segundo ministro, medidas adotadas pelo governo vão permitir redução dos juros e potencializam Desenrola

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São Paulo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta quinta-feira (29) o início da redução da taxa de juros pelo BC (Banco Central).

"Ninguém aguenta mais esse juro", afirmou o ministro durante live no canal da influenciadora Nath Finanças no Instagram. A transmissão também contou com a participação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e serviu para tirar dúvidas sobre o programa Desenrola Brasil.

Haddad disse também que as medidas adotadas pelo governo ao longo do primeiro semestre vão permitir a redução dos juros pelo BC e potencializar o programa de renegociação de dívidas.

"Completamos esse semestre um ciclo de medidas que vão garantir que a gente tenha uma taxa de juros mais baixa e isso vai potencializar o Desenrola", afirmou.

Ministro da Fazenda Fernando Haddad, durante lançamento do novo plano Safra de Agricultura familiar no Palácio do Planalto em Brasília
Ministro da Fazenda Fernando Haddad, durante lançamento do novo plano Safra de Agricultura familiar no Palácio do Planalto em Brasília - Gabriela Biló - 28.jun.2023/Folhapress

Segundo o chefe da Fazenda, quanto menor a taxa de juros, menor será o montante total ser pago pelas pessoas que renegociarem as dívidas por meio do programa. "Quanto menor a taxa de juros, melhor para o governo, porque mais a gente consegue financiar daquilo que foi descontado [no programa]", disse Haddad.

Cinco dos principais bancos anunciaram nesta semana a participação no Desenrola Brasil.
A adesão dos devedores deve começar em setembro, de acordo com o ministério da Fazenda.

Para entrar no programa, os credores têm até 27 de julho para retirar o nome das pessoas com dívidas de até R$ 100. Porém a retirada do nome não representa um perdão da dívida. Ela precisa ser paga pelo devedor através do Desenrola Brasil. A estimativa é que 1,4 milhão de pessoas sejam favorecidas com a medida.

Haddad assinalou ainda que foram criados cerca de 900 mil postos de trabalho em 2023, e que a recuperação de renda das pessoas, seja por terem conseguido um emprego, ou por meio dos programas sociais, será impactada positivamente pela perspectiva de queda dos juros.

Nesta quinta, o CMN (Conselho Monetário Nacional) manteve inalterada a meta de inflação de 3% a ser perseguida nos próximos anos, o que tende a contribuir para a redução nas expectativas de inflação dos agentes financeiros, abrindo caminho para o início do ciclo de corte dos juros.

O BC sinalizou que o afrouxamento monetário pode começar na reunião de agosto do Copom (Comitê de Política Monetária).

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