Descrição de chapéu Bradesco

Desenrola é 'tempestivo e oportuno', diz presidente do Bradesco

Parceria entre bancos e governo é um meio rápido e eficiente de organizar o orçamento doméstico, afirma executivo

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São Paulo

Os grandes bancos brasileiros que aderiram ao programa Desenrola Brasil, voltado para a renegociação de dívidas em atraso, veem de maneira positiva o impacto da medida para a população e o mercado de forma geral.

"O programa é tempestivo e oportuno, pois impacta diretamente uma enorme massa de pessoas que perderam condições de consumo pelo endividamento e dificuldades de honrar essas dívidas", afirmou em nota o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.

O Desenrola Brasil entrará em operação na próxima segunda-feira (17), quando 1,5 milhão de brasileiros que devem até R$ 100 vão sair da lista de negativados e cidadãos com renda de até R$ 20 mil poderão renegociar suas dívidas diretamente com instituições financeiras.

Os cinco maiores bancos do país –Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander– já anunciaram que vão aderir ao Desenrola.

Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco, durante participação em evento da Febraban em São Paulo
Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco, durante participação em evento da Febraban em São Paulo - Danilo Verpa - 27.jun.2023/Folhapress

Segundo o Bradesco, a renegociação será realizada em condições especiais e sempre alinhada à capacidade de pagamento de cada interessado.

"Temos total interesse no programa, nossa adesão é plena. Consideramos essa parceria dos bancos com o governo federal um meio rápido e eficiente de organizar e dar saúde ao orçamento doméstico", disse o presidente do Bradesco.

O banco informou que vai disponibilizar todos os seus canais de atendimento e relacionamento digitais e físicos aos clientes interessados em aderir ao programa Desenrola a partir da próxima segunda-feira (17).

"O Bradesco dará todo o apoio necessário para dar abrangência e robustez ao Desenrola, seja com informação ao cliente, seja com transparência e fluidez nas negociações", afirmou Lazari Júnior.

Já o Itaú disse que "irá oferecer descontos atrativos e condições especiais para a renegociação, com redução de taxas de juros de até 60% para dívidas em atraso."

Para a adesão ao Desenrola, o Itaú irá disponibilizar canais exclusivos aos clientes de todo o Brasil, no Whatsapp (11) 4004 1144 e pelo site https://renegociacao.itau.com.br/.

"Iniciativas para apoiar famílias a reduzir seu endividamento e ampliar o acesso ao crédito de forma sustentável são sempre positivas e prioritárias para o Itaú Unibanco", disse o banco, acrescentando que, caso o cliente elegível não faça a adesão ao Desenrola nos próximos meses, a negativação será novamente inserida nos cadastros de inadimplente.

"O Banco do Brasil entende que o Desenrola Brasil vem para facilitar a vida de mais de 70 milhões de brasileiros que possuem dívidas negativadas. O Desenrola facilitará a aproximação entre devedores e credores, gerando um ambiente propício para a renegociação de dívidas, contribuindo para a retomada do crescimento econômico do país, com o retorno dessas pessoas ao mercado de crédito e consumo", disse Tarciana Medeiros, presidente do BB.

Os clientes do banco público poderão utilizar o aplicativo do BB, o Internet Banking nos endereços www.bb.com.br/renegocie (pessoas físicas) ou www.bb.com.br/renegociepj (pessoas jurídicas), a central de relacionamento pelos números. 4004 0001 (Capitais) e 0800-729-0001 (demais regiões), o WhatsApp enviando uma #renegocie para o número 61 4004 0001 e também toda a rede de agências.

"O Banco do Brasil disponibilizará ofertas diferenciadas, trazendo melhores condições de renegociação para seus clientes", informou o banco, que disse ainda estar otimista com as renegociações a serem realizadas por meio do programa, sem previsão de maiores dificuldades nas tratativas mesmo no caso das dívidas de valores mais altos.

O pontapé inicial do programa foi dado com a publicação de uma portaria no Diário Oficial da União desta sexta-feira (14).

"Nós apresentamos agora para o presidente Lula o início da operação. Lembrando que são dívidas negativadas até 31 de dezembro de 2022. Portanto, é o rescaldo de todos os problemas que o Brasil enfrentou até aquela data", afirmou o ministro Fernando Haddad, após se reunir com o mandatário na manhã desta sexta.

Poderão ser renegociadas dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022, e o devedor terá o prazo mínimo de 12 meses para quitar os débitos.

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