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Fed lançará 'Pix dos EUA' para modernizar sistema de pagamentos

'FedNow' buscará eliminar prazo de vários dias que geralmente levam transferências de dinheiro

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Hannah Lang
Washington | Reuters

O Fed (Federal Reserve) lançará em breve um serviço que visa modernizar o sistema de pagamentos dos Estados Unidos, eventualmente permitindo que norte-americanos comuns enviem e recebam dinheiro em segundos, 24 horas por dia, sete dias por semana.

O serviço "FedNow", que está em desenvolvimento desde 2019, buscará eliminar prazo de vários dias que geralmente levam transferências de dinheiro, colocando os EUA em linha com países como Reino Unido, Índia, Brasil e União Europeia, onde serviços similares existem há anos.

O FedNow será lançando com a certificação de 41 bancos e 15 provedores de serviços para usar o serviço, incluindo bancos pequenos e grandes credores como JPMorgan Chase, Bank of New York Mellon e US Bancorp, mas o Fed planeja integrar mais bancos e cooperativas de crédito neste ano.

Prédio do Federal Reserve, em Washington, EUA - Reuters

O serviço competirá com os sistemas de pagamentos em tempo real do setor privado, incluindo a rede RTP da The Clearing House, e foi inicialmente contestado por grandes bancos que o consideraram redundante. Mas, desde então, muitos concordaram em participar com base no fato de que o FedNow permitirá a expansão dos serviços que podem oferecer aos clientes.

Ao contrário dos serviços de pagamento ponto a ponto, como Venmo ou PayPal, que atuam como intermediários entre os bancos, os pagamentos feitos via FedNow serão liquidados diretamente nas contas do banco central norte-americano.

O Fed também já opera um sistema de pagamentos em tempo real chamado FedWire, mas que é reservado para pagamentos corporativos em grande escala, e só funciona durante o horário comercial. Embora o novo sistema FedNow seja para todos, é provável que beneficie mais os consumidores e as pequenas empresas, disseram analistas.

Bancos menores, que geralmente se conectam ao FedWire por meio de instituições maiores, encorajaram o Fed a desenvolver o FedNow, argumentando que isso permitirá a eles acesso a pagamentos em tempo real sem ter que pagar concorrentes maiores pelo serviço.

A nova ferramenta não cobrará dos consumidores, embora não esteja claro se ou como os bancos participantes repassarão quaisquer custos associados ao serviço.

Alguns participantes do mercado levantaram temores de que o FedNow poderia sobrecarregar um banco em potencial, facilitando saídas rápidas de instituições financeiras, um medo que foi ampliado após a falência do SVB (Silicon Valley Bank) mais cedo neste ano.

Porém, as autoridades do Fed minimizaram essas preocupações, argumentando que os bancos têm ferramentas disponíveis para mitigar uma onda de saídas.

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