Descrição de chapéu Previdência inss

Hackers roubavam dados do INSS com 'chupa-cabra' para reativar benefícios, segundo PF

Operação Upgrade cumpre 46 mandados judiciais em quatro estados

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São Paulo

Um grupo de hackers teria usado dispositivo clandestino, conhecido como "chupa-cabra", na rede interna de duas agências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Teresina, segundo a Polícia Federal.

O objetivo dos criminosos era roubar dados da Previdência Social, reativar benefícios e obter pagamentos indevidos, diz a investigação.

A Operação Upgrade cumpriu, na manhã desta quinta (6), 46 mandados judiciais, sendo 22 de prisão temporária e 24 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Teresina. A ação foi realizada em quatro estados, de acordo com a PF. Ao menos 11 suspeitos foram presos.

Carro da Polícia Federal estacionado em uma rua, em frente a uma casa
Polícia Federal cumpre 46 mandados judiciais contra crimes cibernéticos no sistema do INSS nesta quinta (6) - Divulgação/Polícia Federal

Segundo o órgão, os criminosos usavam o dispositivo eletrônico clandestino diretamente na rede do INSS. Após roubar dados, reativavam benefícios e geravam pagamentos de valores atrasados. As quantias eram enviadas para contas bancárias diferentes das contas dos segurados.

A ação foi um desdobramento das operações Chupa-cabra e Backup, deflagradas neste ano nas capitais piauiense e paulista. Mais de cem agentes foram mobilizados, com apoio da Coordenação de Inteligência Previdenciária.

As investigações apontam que uma empresa de fachada, base de atuação dos hackers, teria sede em São Paulo. O grupo seria responsável por invasões cibernéticas em diversos estados da federação, vazamento de senhas de servidores do INSS e reativações indevidas de benefícios.

A PF ainda não sabe o valor total do prejuízo causado pelas ações criminosas. Os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa, furto eletrônico, invasão de dispositivo informático e lavagem de bens e valores. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

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