Descrição de chapéu Reforma tributária

PL dá 20 votos favoráveis à Reforma Tributária mesmo após pressão de Bolsonaro

Texto foi aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados na noite desta quinta-feira

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Brasília

Apesar da pressão pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que incluiu uma divergência pública com o governador e pupilo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), o seu partido, o PL, deu 20 votos favoráveis à aprovação da Reforma Tributária na noite desta quinta-feira (6).

Maior bancada da Câmara, com 99 cadeiras, o partido ameaçou "fechar questão" contra a reforma, o que obrigaria a rejeição unânime à proposta, sob risco de punição, mas após ação de Tarcísio e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o partido decidiu apenas orientar o voto contra.

O plenário da Câmara dos Deputados, durante votação da Reforma Tributária nesta quinta-feira (6) - Gabriela Biló/Folhapress

Votaram a favor da reforma, ou seja, contra as orientações de Bolsonaro, os seguintes deputados do PL:

Antonio Carlos Rodrigues (SP), Detinha (MA), Giacobo (PR), Icaro de Valmir (SE), João Carlos Bacelar (BA), João Maia (RN), Josimar Maranhãozinho (MA), Junior Lourenço (MA), Júnior Mano (CE), Luciano Vieira (RJ), Luiz Carlos Motta (SP), Matheus Noronha (CE), Robinson Faria (RN), Rosângela Reis (MG), Samuel Viana (MG), Tiririca (SP), Vermelho (PR), Vinicius Gurgel (AP), Wellington Roberto (PB) e Zé Vitor (MG).

A maior parte desses deputados vem do Nordeste, região em que o presidente Lula (PT) tem sua maior popularidade, e integra o centrão, não o chamado "bolsonarismo raiz".

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma Tributária foi aprovada em primeiro turno por 382 votos e 118 votos contra, com 3 abstenções.

Da bancada de 99 deputados do PL, 4 não votaram na sessão: Chris Tonietto (RJ), Helio Lopes (RJ), Pastor Gil (MA), Sonize Barbosa (AP). Os votos contrários à reforma somaram 75.

Bolsonaro colocou seu peso político contra a PEC, o que incluiu uma divergência que acabou se tornando pública com Tarcísio de Freitas.

A pressão do ex-presidente, embora não tenha surtido o efeito de levar o PL em bloco contra o que ele classificou como "a reforma do PT", diminuiu o número que o próprio presidente do partido, Valdemar Costa Neto, avaliava que apoiaria a reforma: cerca de 30 parlamentares.

O mapa de votações do primeiro turno da proposta mostrou mais uma vez a força do presidente da Câmara, que assumiu para si a bandeira da reforma, em parceria com o governo.

A União Brasil, que ameaçou durante a tarde promover uma rebelião pela não nomeação de Celso Sabino para o ministério do Turismo, não confirmou a ameaça e também votou em peso a favor da proposta.

Dos 59 parlamentares, 48 votaram a favor e apenas 11, contra.

O PP de Lira também apoiou em massa o texto: dos 49 votos, 40 foram a favor e só 9 contra.

Os demais partidos de esquerda, de centro e de direita também seguiram a mesma linha, com poucas dissidências, o que resumiu os votos contrários ao texto praticamente aos parlamentares mais vinculados ao bolsonarismo, em especial no PL.

Votaram majoritariamente a favor da reforma Republicanos, PSD, MDB, PT, PSOL, PSB, PDT, PSDB, entre outros.

O nanico Novo, que tentou por todo o tempo adiar a votação, deu dois votos contra, de Gilson Marques (SC) e Marcel van Hattem (RS), e um a favor, de Adriana Ventura (SP).

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