Empresa lança 'UberCóptero' para super-ricos no Brasil e quer usar eVTOLs no futuro; veja fotos

Revo, braço da OHI, oferecerá voo que conecta avenida Faria Lima ao aeroporto de Guarulhos

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São Paulo | Reuters

A empresa portuguesa de frota de helicópteros OHI lançou nesta quinta-feira (3) uma nova frente no Brasil para transportar os super-ricos do país entre regiões de alto padrão de São Paulo, um mercado em que a empresa espera alcançar 90 mil passageiros por ano até 2028.

Batizada de Revo, a nova companhia oferecerá voos de helicóptero por meio de uma plataforma digital para clientes de alta renda em São Paulo para ajudá-los a escapar do caótico trânsito da metrópole.

Nova companhia batizada de Revo, da OHI, oferece voos de helicóptero por meio de uma plataforma digital para clientes de alta renda em São Paulo para ajudá-los a escapar do trânsito - fly.revo no Instagram

Inicialmente, a Revo oferecerá voos que conectam a avenida Faria Lima, centro financeiro da cidade, ao Aeroporto Internacional de Guarulhos e à Fazenda Boa Vista, empreendimento de campo próximo à cidade de Porto Feliz (SP).

A empresa começará operando dois helicópteros Airbus da frota da Omni Taxi Aéreo, subsidiária local da OHI conhecida por fornecer transporte aéreo offshore na América do Sul, mas planeja chegar a 12 helicópteros nos próximos cinco anos.

A Revo cobrará R$ 3.500 por assento em seu voo mais curto, ligando o aeroporto à Faria Lima. Diz que isso representa uma queda de 82,5% nos preços quando comparados com o custo atual de voar entre esses lugares por fretamento.

"Até o momento o feedback que nós temos tido é muito positivo [...] os preços também, as reações têm sido positivas", disse o presidente-executivo da Revo, João Welsh, em entrevista, acrescentando esperar que a receita da empresa atinja US$ 80 milhões em cinco anos.

O objetivo da Revo, segundo ele, é usar um dia os chamados "carros voadores", ou aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL). A empresa tem um acordo com a Eve, da Embraer, para comprar 50 aeronaves elétricas.

"As revoluções do transporte aéreo dão-se sempre nos segmentos altos", disse Welsh, em referência aos segmentos com clientes de maior renda.

"Acho que vai haver uma fase híbrida. O eVTOL nunca vai substituir na fase inicial tudo o que o helicóptero faz", disse o executivo. "Mesmo olhando os protótipos que estão sendo construídos hoje, a capacidade de carga e alcance é relativamente inferior a um helicóptero."

Welsh acrescentou que um trajeto curto como o entre Guarulhos e a Faria Lima seria um "voo perfeito para uma aeronave leve".

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