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Falta de aviões tornou as companhias aéreas mais rentáveis, aponta CEO

Aengus Kelly, da AerCap, diz que escassez obriga a disciplina de capacidade no setor, resultando em maior ocupação

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Carlos Martins
Aeroin

Os problemas nas cadeias de suprimentos e produção ainda lenta de aeronaves tem tido um efeito benéfico para as empresas aéreas, na opinião do CEO da maior proprietária de aviões do mundo. A análise veio de Aengus Kelly, CEO da AerCap, a maior empresa de leasing do mundo com 1.800 aeronaves no seu portifólio, incluindo contratos com companhias aéreas brasileiras.

Na divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2023, ele comentou sobre como o mercado está se comportando no primeiro ano sem nenhuma restrição de viagens praticamente.

Ele destaca que 215 transações foram feitas pela empresa no último trimestre envolvendo aviões, helicópteros e motores. Foram 124 novos acordos de leasing (aluguel), 59 vendas e 32 compras.

Área internacional do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli-11.jul.22/Folhapress

Apesar da forte demanda, as fabricantes de aeronaves e motores ainda tem problemas para entregar os jatos, com constantes atrasos, dado os problemas causados pela Pandemia que paralisou fábricas no mundo todo.

"Eu acredito que a falta de novas aeronaves no mercado ajudou as companhias aéreas a ficarem mais rentáveis, já que obriga a disciplina de capacidade no setor, resultando em maior ocupação dos voos. Nossos clientes no geral estão com boa saúde financeira no momento, e otimistas sobre o futuro", afirma o CEO.

Com a falta de aviões novos, as empresas tem segurado os aviões antigos mas nem todos, para não aumentar tanto o custo de operação e de leasing. Com isso, é necessário ter um cálculo mais preciso para evitar um custo maior sem necessidade e também não aposentar aviões apenas por idade.

Ainda segundo o CEO o problema na produção dos jatos e motores "continuará por alguns anos" até que a situação se normalize por completo.

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