Lula pede, e Casa Civil fará lançamento do PAC nos estados

Presidente deverá participar dos atos em algumas capitais e poderá visitar obras retomadas

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que a Casa Civil organize eventos para lançar o Novo PAC em todos os estados. O objetivo é fortalecer a marca do programa de investimento público e ampliar a divulgação dos projetos.

O ministro Rui Costa começará o tour por São Paulo. Ele estará na capital do estado nesta quarta-feira (23) e quinta (24) para apresentar as obras do programa e buscar novos investimentos privados na região.

A Casa Civil foi responsável pela gestação do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Além de Costa, a secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior, também recebeu a tarefa de preparar o plano, que é uma das promessas de campanha de Lula.

Presidente Lula durante o lançamento do Novo PAC, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Presidente Lula durante o lançamento do Novo PAC, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Tércio Teixeira - 11.ago.23/Folhapress

O programa foi lançado em evento no Rio de Janeiro, no dia 11 de agosto. A data coincidiu com ruidosa operação da Polícia Federal, que monopolizou o noticiário.

Segundo colaboradores do presidente, na semana passada, Lula pediu que o programa fosse apresentado em todos os estados. A escolha do Rio para o lançamento nacional faz parte de um esforço de reconquista dos eleitores no estado, domicílio eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O novo programa estima investimentos totais de R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão até o fim do mandato de Lula e outros R$ 300 bilhões após 2026. Também tem a previsão de concessões e PPPs (Parcerias Público Privadas).

De acordo com membros da Casa Civil, o presidente também deverá participar de alguns dos lançamentos regionais ao longo dos próximos meses. A lista, porém, ainda não foi confirmada.

Além disso, em alguns atos de lançamento do programa, a Casa Civil tentará conciliar o evento com a visita de obras que serão retomadas.

Rui Costa divulgou nesta segunda que, após São Paulo, o calendário de lançamento do PAC nos estados incluirá o Piauí, no dia 31 de agosto, e o Rio Grande do Norte, dia 1º de setembro. O presidente Lula irá ao evento nesses dois estados do Nordeste.

Como mostrou a Folha, Lula prepara um gesto público de apreço ao ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) em semana decisiva para os rumos da reforma ministerial, aguardada pelo centrão. O PP mira a pasta de Dias.

Lula planeja a viagem ao Piauí, estado do ministro, para participar do lançamento do plano Brasil Sem Fome, também em 31 de agosto.

"Depois vêm Ceará, Pernambuco, Bahia. Vamos seguir o calendário de apresentação do Novo PAC no conjunto dos estados", afirmou Rui Costa, nesta segunda, em Salvador (BA).

O Rio de Janeiro é o estado que mais receberá investimentos do PAC, principalmente por causa da verba na área de petróleo e gás. Esses recursos serão usados em 16 novas plataformas para o desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, 11 gasodutos interligados, um gasoduto de escoamento e com investimentos na refinaria Duque de Caxias.

Ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem sido blindado de comparecer à CPI do MST
Ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem sido blindado de comparecer à CPI do MST - Adriano Machado/Reuters

As obras do Novo PAC se distribuem por nove eixos de investimentos: inclusão digital e conectividade, saúde, educação, infraestrutura social e inclusiva, cidades sustentáveis e resilientes, água para todos, transporte eficiente e sustentável, transição e segurança energética e defesa.

Há projetos previstos nas 27 unidades federativas do país, embora nem todos os estados tenham investimentos nos nove eixos. Além dos projetos de cada ministério, cada governador pode indicar até três projetos para serem incluídos no Novo PAC.

São Paulo, por exemplo, foi contemplado com propostas de grande envergadura, como o túnel que fará a ligação entre Santos e Guarujá, um projeto histórico de décadas, que nunca saiu do papel, e um trem entre a capital paulista e Campinas.

"Se tiver novos projetos e alguém estiver disposto a ajudar, esse R$ 1,7 trilhão pode crescer para R$ 2 trilhões ou mais. E, se o [ministro Fernando] Haddad [Fazenda], abrir um pouco a mão, pode até ter um pouco mais de dinheiro para a gente fazer mais coisas neste país", afirmou Lula durante o evento de lançamento do programa no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

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