Descrição de chapéu China

Exportações chinesas de agosto caem menos que o esperado

Apesar do ritmo menor, foi o quarto mês seguido de redução; analista vê 'esperança de que comércio se estabilize em breve'

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Taipé

As exportações da segunda maior economia do mundo caíram menos do que o esperado em agosto, embora tenham chegado ao quarto mês seguido de retração. Segundo a Administração Geral das Alfândegas da China, somaram US$ 284,9 bilhões no mês.

A diminuição foi de 8,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. A consultoria chinesa de dados financeiros Wind havia previsto uma queda de 9,5%, e um levantamento da Reuters junto a analistas financeiros havia projetado 9,2%. Em julho, o percentual de redução ano a ano também havia sido maior, 14,5%.

Outras economias asiáticas começam a indicar que o pior pode ter passado também para elas, no comércio exterior. As exportações da Coreia do Sul registraram uma queda de 8,4% em agosto, ano a ano, contra a redução de 16,4% que havia sido registrada em julho.

Contêineres no porto de Yangshan, em Xangai, em 27 de abril de 2022
Contêineres no porto de Yangshan, em Xangai, em 27 de abril de 2022 - Xinhua

Já as importações chinesas em agosto alcançaram US$ 216,5 bilhões. Uma queda de 7,3% em comparação com agosto de 2022, contra uma previsão de queda de 8,2% da Wind e de 9% dos analistas ouvidos pela Reuters. Também foi uma redução menor do que em julho, quando caiu 12,4%.

"A boa notícia é que o comércio da China parece estar se contraindo a um ritmo mais lento e há alguma esperança de que se estabilize em breve", avaliou Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim.

A importação chinesa de commodities como soja e petróleo, importantes nas vendas do Brasil para o país, cresceu 31% em agosto —o mesmo percentual para os dois produtos.

Para Zhou Hao, economista-chefe da empresa financeira Guotai Junan International, de Hong Kong, ainda não é possível afirmar que o comércio chinês deixou o pior para trás. "No geral, os números sugerem que, apesar de alguma melhoria marginal, os ventos contrários permanecem", avaliou.

"Olhando para a frente, [para saber] se o crescimento comercial da China já atingiu o fundo, vai depender de muitos fatores", acrescentou. "O mais importante é a demanda interna, para a qual a recente flexibilização no setor imobiliário poderá proporcionar algum apoio."

Outras economias asiáticas começam a indicar que o pior pode ter passado também para elas, no comércio exterior. As exportações da Coreia do Sul registraram uma queda de 8,4% em agosto, ano a ano, contra a redução de 16,4% que havia sido registrada em julho.

O mercado, porém, reagiu com mau-humor aos indicadores de exportações e derrubou a moeda da China para o seu ponto mais baixo em relação ao dólar desde 2007. O yuan caiu 0,1% para uma baixa de 7,3259 por US$ 1 (R$ 4,98) nesta quinta-feira (7), abaixo dos níveis registrados durante os bloqueios nacionais da pandemia no ano passado.

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