A bolsa de criptomoeadas FTX, que decretou falência, recebeu permissão de um tribunal dos Estados Unidos, na quarta-feira (13), para liquidar ativos de criptomoedas, uma medida que a empresa disse que permitirá reembolsar os clientes em dólares e minimizar os riscos relacionados à volatilidade dos preços nos mercados de criptos.
O juiz de falências dos Estados Unidos John Dorsey aprovou a proposta da FTX em uma audiência judicial em Wilmington, Delaware, permitindo que a empresa venda até US$ 100 milhões (R$ 491,15 milhões) em criptomoedas por semana e celebre acordos de hedge e staking que permitirão minimizar o risco de volatilidade de preços e obtenha renda passiva em ativos mais comuns, como bitcoin e ether.
Durante a audiência, Dorsey rejeitou as preocupações levantadas por dois clientes da FTX que disseram que as vendas poderão causar a queda dos preços das criptomoedas e que a empresa pode não ser proprietária de todas as criptomoedas que mantém em suas contas.
A FTX disse em documentos judiciais que está ciente do risco de que seu esforço para liquidar moedas pode afetar os mercados de criptomoedas.
A FTX disse que contratou a empresa norte-americana Galaxy como consultora de investimentos, em parte para gerenciar o risco de que o "vazamento de informações" leve a atividades de venda a descoberto e quedas acentuadas no preço de criptoativos.
Dorsey permitiu que a FTX aumente seu ritmo de liquidação para até US$ 200 milhões (R$ 982,3 milhões) por semana, se ambos os comitês de credores concordarem.
A plataforma disse em um processo judicial na segunda-feira que possui US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 16,7 bilh]oes) em criptomoedas, incluindo US$ 1,16 bilhão em solana, US$ 560 milhões em bitcoin e US$ 192 milhões em ether.
A FTX entrou com pedido de falência em novembro de 2022, após alegações de que usou indevidamente depósitos de clientes e perdeu bilhões de dólares.
A empresa recuperou mais de US$ 7 bilhões (R$ 34,38 bilhões) em ativos para reembolsar os clientes e está buscando recuperações adicionais por meio de ações judiciais contra insiders da FTX e outros réus que receberam dinheiro da FTX antes de sua falência.
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