A companhia aérea Lufthansa afirmou que, para conseguir converter sua frota para combustíveis verdes, como o e-querosene, teria que consumir 50% da produção total de energia elétrica da Alemanha .
A estimativa foi dada pelo CEO da maior companhia aérea do país, Carsten Spohr, em entrevista concedida nesta segunda-feira (25).
Embora os combustíveis sintéticos fabricados usando energia renovável ofereçam o melhor caminho futuro para descarbonizar a aviação, é improvável que haja eletricidade verde suficiente na Alemanha para gerá-los, afirmou Spohr.
"Seria necessário cerca da metade da eletricidade da Alemanha para criar combustíveis suficientes", disse o CEO, em uma conferência de aviação em Hamburgo. "Não acredito que Habeck vá me dar isso", explicou Spohr, referindo-se ao ministro da Economia e Energia da Alemanha, Robert Habeck.
A indústria da aviação está trabalhando para criar um mercado para uma versão neutra em carbono do querosene que alimenta a maioria das aeronaves modernas. O querosene verde é derivado da água e retira dióxido de carbono do ar durante a criação.
O processo, que requer grandes quantidades de eletricidade gerada a partir de recursos renováveis para garantir a neutralidade de carbono, divide a água em oxigênio e hidrogênio, que é então combinado com carbono.
Os chamados combustíveis sintéticos são vistos pelos executivos da aviação, como Spohr, como a única maneira tecnicamente viável, por enquanto, de descarbonizar as viagens aéreas. Enquanto os veículos elétricos a bateria funcionam para viagens rodoviárias, as células ainda não possuem densidade energética suficiente para, no futuro, levantar um avião comercial com passageiros e carga para o céu.
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