Morre o empresário Germano Gerdau, aos 91

Executivo gaúcho, morto de causas naturais, fazia parte da quarta geração da família a comandar o grupo siderúrgico

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São Paulo

O empresário Germano Gerdau Johannpeter, membro da família que controla o Grupo Gerdau, morreu aos 91 anos, nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, de causas naturais.

Ele nasceu em Porto Alegre, em 1932, sendo o mais velho de quatro filhos de Curt Johannpeter e Helda Gerdau: Klaus, Jorge e Frederico.

De terno cinza escuro e usando uma gravata vermelha, com um lenço da mesma cor no bolso, Germano Gerdau Johannpeter, acionista do Grupo Gerdau, morto aos 91 anos; ele é um homem branco, calvo, com sobrancelhas grisalhas
Germano Gerdau Johannpeter, acionista do Grupo Gerdau, morto aos 91 anos - Divulgação

Parte da quarta geração da família a comandar a companhia, o empresário deixa duas filhas, Fernanda e Germana, e seis netos.

Germano iniciou sua trajetória na empresa em 1951, como assistente de diretoria da Siderúrgica Riograndense. Em 1971, tornou-se diretor-executivo e, mais tarde, membro do Conselho de Administração.

A história da Gerdau começa em 1901, a partir de uma fábrica de pregos na capital gaúcha. Hoje, o grupo conta com 32 unidades produtoras de aço, tem presença em nove países e mais de 36 mil colaboradores diretos e indiretos.

A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio.

Desde 2018, o grupo é comandado por um profissional de fora da família. O CEO atual é o executivo Gustavo Werneck.

Em nota, a companhia diz que Germano teve papel fundamental no desenvolvimento das estratégias comerciais da empresa.

"Seu perfil comercial se complementa ao dos irmãos Klaus, voltado à área industrial; Jorge, direcionado ao planejamento e recursos humanos às relações institucionais; e Frederico, focado na área administrativa e financeira da companhia", afirma a empresa.

Ainda em nota, os irmãos reconhecem e agradecem sua "capacidade de conduzir de forma harmônica a relação entre os familiares".

"Ele foi decisivo no sucesso da companhia por essa capacidade de harmonização conciliadora, além de ter sido líder absoluto e incondicional na área comercial da empresa", diz o texto.

A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) expressou pesar pela morte de Gerdau, reforçando que Germano, ao lado dos irmãos, transformou a indústria nacional do aço.

"Germano é da geração que acelerou o crescimento da companhia. Com seu talento comercial e capacidade de conciliação abriu caminhos para a Gerdau mundo afora. É um dos grandes responsáveis por essa multinacional que é motivo de orgulho para os brasileiros", destacou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da entidade.

O Instituto Aço Brasil também lamentou a morte de Gerdau, ex-conselheiro da entidade. "Como integrante da geração que promoveu a expansão global de um dos maiores grupos siderúrgicos do país, deixa um legado marcado por sua liderança conciliadora, que transpôs os limites da empresa e inspirou toda a indústria do aço."

Também por meio de nota, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), lamentou a morte de Gerdau, a quem definiu como "um dos grandes nomes da indústria siderúrgica, mas mais do que isso: um exímio líder, um empresário com capacidade de unir e que inegavelmente deixou sua marca".

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