Descrição de chapéu The New York Times

Cinco anos após falir, Toys R Us vai reabrir lojas e vender brinquedos em aeroportos e cruzeiros

Famosa em vários países, empresa fundada em 1957 fechou a última de suas 735 lojas nos EUA em 2018

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Jesus Jiménez
Nova York | The New York Times

A Toys R Us, uma loja de brinquedos que tinha filiais em vários países e atraiu gerações de crianças com suas cores primárias características e sua mascote Geoffrey, a Girafa, tentará um retorno cinco anos depois de entrar em falência. A dona da marca, WHP Global, anunciou na última sexta-feira (29) que planeja abrir até 24 lojas nos Estados Unidos a partir do próximo ano.

A WHP Global, que adquiriu uma participação majoritária na Toys R Us em 2021, afirmou em comunicado que, além das novas lojas físicas, a Toys R Us também abrirá pontos de venda em aeroportos e navios de cruzeiro por meio de uma parceria com o Go! Retail Group.

Centenas de pessoas esperam na fila para entrar em loja Toys R US, em Nova York, em evento realizado em 2015
Centenas de pessoas esperam na fila para entrar em loja Toys R US, em Nova York, em evento realizado em 2015 - Carlo Allegri - 04.set.2015 / Reuters

A primeira loja em aeroporto será inaugurada no início de novembro no Terminal A do Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth, um dos aeroportos mais movimentados do mundo, antes da temporada de compras de fim de ano, afirmou a empresa.

Yehuda Shmidman, presidente e CEO da WHP Global, explicou em comunicado que a Toys R Us "está crescendo rapidamente e nossa expansão para o ar, terra e mar é um testemunho da força da marca".

A WHP Global, que também é proprietária de marcas como Anne Klein, Joseph Abboud e Bonobos, não informou em seu comunicado onde as lojas principais serão abertas. Um porta-voz da empresa disse que estão sendo identificados "locais privilegiados".

A Toys R Us sinalizou o início de uma tentativa de retorno em 2021, quando abriu uma loja principal de 20 mil pés quadrados (cerca de 6,1 mil metros quadrados) no shopping American Dream, em Nova Jérsei. Depois disso, a Toys R Us lançou 452 mini-lojas dentro das lojas Macy's em todo o território dos EUA.

A tentativa da Toys R Us ocorre durante um período difícil para as lojas físicas, com muitas fechando nos últimos anos devido ao crescimento contínuo do comércio eletrônico seguido pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

A Toys R Us, fundada por Charles Lazarus, que abriu as primeiras lojas em 1957, já foi uma das maiores cadeias de lojas de brinquedos do mundo, com filiais na Austrália, na Ásia e em outros países da América do Norte.

Mas, em 2017, enfrentando uma dívida de longo prazo de mais de US$ 5 bilhões, a empresa entrou com pedido de proteção contra falência. A Toys R Us fechou a última de suas 735 lojas nos Estados Unidos em junho de 2018. A Toys R Us manteve uma presença global, com lojas no Canadá e na Coreia do Sul.

Lars Perner, professor assistente de marketing clínico na escola de economia Marshall da Universidade de Southern California, afirmou que não esperava o retorno das lojas da Toys R Us. "É uma estratégia muito contrária quando você vê tantos outros se afastando das lojas físicas", avaliou.

É possível, disse Perner, que a nostalgia possa desempenhar um papel no impulsionamento dos negócios das novas lojas.

Muitos pais e crianças nascidas após 1957 provavelmente têm boas lembranças de passear pelas enormes lojas da Toys R Us cheias de tudo, desde patinetes até videogames, bonecas e figuras de ação. Alguns podem se lembrar de ter visto Geoffrey, a Girafa, a mascote da Toys R Us, ou de ter seu próprio Geoffrey de pelúcia.

"Se você tem pessoas que receberam presentes da Toys R Us quando eram crianças e agora têm seus próprios filhos, pode haver algum apelo", comentou Perner.

O professor disse que aproveitar a indústria de viagens pode ter resultado, especialmente porque pesquisas mostram que os consumidores tendem a gastar mais durante as férias.

Ainda assim, as novas lojas da Toys R Us devem competir com gigantes como a Amazon, que oferece aos consumidores a facilidade de fazer aquisições pelo celular. As lojas também devem competir com grandes redes de varejo, como Walmart e Target, que, segundo Perner, "oferecem preços baixos".

"Acho que pode funcionar como uma espécie de novidade a curto prazo", disse Perner. "Seria difícil ver isso sendo bem-sucedido a longo prazo".

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