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LinkedIn demite quase 700 funcionários após crescimento abaixo do esperado

Corte atinge equipes de engenharia e desenvolvimento de produtos e visa equilibrar caixa para 2024

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São Paulo

A rede social voltada ao mundo do trabalho LinkedIn anunciou, nesta segunda-feira (16), a demissão de 668 funcionários. O corte atinge equipes de engenharia, produto, recrutamento e finanças.

De acordo com a nota, a redução nos quadros profissionais "visa adaptar a estrutura organizacional da empresa às prioridades estratégicas." As dispensas representam 3% dos cerca de 20 mil funcionários do LinkedIn.

Um comunicado interno assinado pelos executivos Mohawk Shroff e Tomer Cohen, obtido pela TV americana CNBC, indica que as demissões têm o objetivo de reduzir gastos para compensar o crescimento abaixo do esperado no balanço de 2024.

Procurado pela Folha via email e WhatsApp, o LinkedIn não respondeu se as dispensas atingirão brasileiros. "Estamos comprometidos em oferecer todo o apoio aos funcionários que foram impactados durante essa transição", escreveu a empresa em nota.

Ícone do aplicativo do LinkedIn em tela de iPhone, com nome em chinês
Ícone do aplicativo do LinkedIn em tela de iPhone, com nome em chinês - Greg Baker/AFP

A empresa apresenta números positivos nos últimos dois anos em termos de base de usuários e assinaturas, mas tem dificuldade de convertê-los em altas na receita, que cresceu apenas 5% no segundo trimestre (o balanço mais recente).

Do total, 563 cortes atingem engenheiros e funcionários de tecnologia dedicados à pesquisa e desenvolvimento. Esses profissionais compõem o dito coração de empresas de tecnologia e, em geral, representam parte significativa da folha salarial.

Ainda segundo a CNBC, o LinkedIn pretende repor parte desses cargos com profissionais contratados na Índia.

A revista The New York Magazine reportou em setembro que o LinkedIn divulgou crescimento de 41% no conteúdo postado entre setembro de 2021 e setembro de 2023. A empresa ainda detalhou que a Geração Z é "um dos grupos que estão crescendo mais rapidamente" na plataforma.

A rede social é propriedade da Microsoft, que divulgou planos de encerrar os contratos de 10 mil funcionários no começo do ano para equilibrar as contas e redirecionar esforços a novas tecnologias, como inteligência artificial e computação quântica.

As 700 demissões no LinkedIn não estavam inclusas neste montante, de acordo com pessoas familiares ao assunto ouvidas pela CNBC.

Em maio, a rede social com foco em negócios já havia anunciado a demissão de 716 pessoas nas equipes de vendas, operações e suporte.

O setor de tecnologia como um todo passa por temporada de enxugamento. Demitiu 141.516 funcionários no primeiro semestre do ano, ante cerca de 6.000 há um ano, segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas.

Com Reuters

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