Lula e Peña se reunirão para discutir tratado de Itaipu, diz diretor-geral da hidrelétrica

Enio Verri afirma que encontro, previsto para o dia 26, marcará início das negociações do anexo C do tratado

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Brasília

O presidente Lula (PT) e o presidente paraguaio, Santiago Peña, deverão se reunir na próxima semana para iniciar as discussões sobre o tratado de Itaipu, segundo afirmou nesta quinta-feira (19) o diretor-geral da hidrelétrica, Enio Verri.

A reunião do conselho de administração de Itaipu, prevista para o próximo dia 26 no Ministério de Minas e Energia, marcará o início das negociações para revisão do anexo C do acordo firmado entre Brasil e Paraguai.

O anexo traz as bases financeiras e de prestação dos serviços. No acordo firmado em 1973, uma revisão dessa parte do tratado foi prevista para quando a dívida assumida para a construção fosse quitada —o que ocorreu em fevereiro deste ano.

Lula recebeu o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, no Palácio da Alvorada em julho - Gabriela Biló-28.jul.2023/Folhapress

"Os conselheiros paraguaios e os brasileiros estarão aqui. Nessa data o presidente Lula vai estar presente, o presidente Santiago Peña também. Será aberta a negociação do anexo C. Portanto, dia 26 é a data que marca o início das negociações dos 50 anos do tratado, do anexo C", disse Enio Verri a senadores durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal.

"A Itaipu, dentro do tratado, tem um papel. Qual é esse papel? Somos auxiliares técnicos, fazemos planilhas, números e repassamos ao Ministério de Relações Exteriores que vai ser o negociador, assim como ministro de Relações Exteriores do Paraguai. Por isso quero destacar que o dia 26 é uma data histórica no início dessas negociações", continuou.

Em julho, após se reunir com Lula, Peña chegou a afirmar que estava "otimista" para que o acordo de renovação do contrato de gestão de Itaipu fosse firmado ainda neste ano.

"Já sabemos o que aconteceu nos últimos 50 anos e, depois de assinado o acordo, a Itaipu foi construída, operada e a dívida foi paga e hoje temos o desafio de pensar de maneira ambiciosa juntos para os próximos 50 anos", afirmou Peña naquele momento.

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