Saiba quais são os países que mais atraem talentos

Suíça está em primeiro lugar; Brasil aparece em 69º no ranking

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Bloomberg

A Suíça manteve a primeira posição em um ranking de nações com base em sua capacidade de atrair e reter talentos, marcando uma década de dominação na competição para obter a camada mais qualificada do capital humano.

Singapura e os Estados Unidos completaram os três primeiros lugares na lista dominada por nações europeias –sete entre as dez primeiras, de acordo com o Índice Global de Competitividade de Talentos de 2023, publicado pela escola de negócios Insead.

Empresários em treinamento para liderança e mentoria
Empresários em treinamento para liderança e mentoria - K Louw/peopleimages.com/Adobe Stock

A Suíça ficou em primeiro lugar nas categorias de capacitação e retenção de talentos devido aos seus altos níveis de proteção social e ao seu ambiente natural. Qualidade de vida e sustentabilidade serão um "ativo crítico para aqueles que visam se tornar centros de talentos" na próxima década, d e acordo com o relatório.

A "força de trabalho altamente educada e a economia inovadora" de Singapura a colocaram como a melhor em conhecimentos globais, enquanto os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar no crescimento de talentos devido às suas "universidades e escolas de negócios de classe mundial".

Entre outros países, o Reino Unido ficou em décimo lugar no geral, com base em sua educação superior, e teve um desempenho dominante em conhecimentos gerais e crescimento de talentos, apesar de baixas pontuações em habilidades vocacionais e técnicas.

Em outros lugares, a China ficou em primeiro lugar entre as chamadas nações BRICS, formadas por China, Brasil, Índia, Rússia e África do Sul. Seu status como "líder global em combinar as habilidades das pessoas com as necessidades da economia" foi ancorado por sua "fraqueza" em atrair talentos, o que contribuiu para sua classificação geral em 40º lugar.

A Índia, a nação mais populosa do mundo, ficou em 103º lugar, regredindo nos últimos três anos desde 2020 para ficar no final do grupo BRICS. Uma queda no sentimento empresarial prejudicou sua capacidade de atrair talentos do país e do exterior, de acordo com os autores.

A competição por talentos entre as nações pode se tornar ainda mais acirrada nos próximos dez anos, de acordo com o relatório, que citou incertezas crescentes no comércio, investimento e geopolítica. O relatório enfatizou a capacidade dos países, cidades e organizações de inovar e projetar "soft-power".

Isso pode criar uma maior disparidade de talentos entre países ricos e pobres, pois "a correlação entre riqueza e talento continua forte", segundo a Insead.

O relatório também constatou que a Covid fortaleceu a desigualdade de gênero, pois a paridade em empregos altamente qualificados diminuiu nos últimos três anos desde o pico de 2019.

A inteligência artificial pode agravar essa tendência, pois "trabalhadores não qualificados ou com baixa qualificação suportarão grande parte da pressão adicional, enquanto novas categorias de trabalhadores, alguns com habilidades mais altas, sofrerão uma competição mais forte de algoritmos e equipamentos especializados".

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.