TV a cabo perde força no Brasil, prejuízos do calor e o que importa no mercado

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São Paulo

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Streaming supera TV paga no Brasil

As casas brasileiras assinam mais plataformas de streaming do que TV a cabo. É o que mostram os dados divulgados nesta quinta (9) pelo IBGE, em pesquisa feita no fim de 2022.

Em números:

  • 43,4% das casas com aparelhos de TV no Brasil em 2022 tinham serviços pagos de streaming de vídeo. O recorte correspondia a 31,1 milhões de lares.
  • 27,7% dos domicílios com televisor tinham acesso aos serviços de TV por assinatura. A proporção correspondia a 19,8 milhões de endereços.

Esta é a primeira vez que o instituto analisa os números relacionados ao streaming, então não há comparação com anos anteriores. A TV por assinatura, por outro lado, vem caindo. Em 2016, ela estava presente em 33,9% dos domicílios com televisor.



Mesmo em queda, o modelo de negócios da TV paga tem servido de inspiração para os serviços de streaming, que buscam maneiras de rentabilizar sua base de assinantes. São exemplos disso:

  • Os anúncios veiculados antes e durante as produções nos planos mais baratos;

A diferença está no tipo de conteúdo que o streaming oferece –personalizado, em que a IA (inteligência artificial) se adapta ao gosto dos usuários. Na TV por assinatura, o espectador precisa ficar zapeando os canais para encontrar aquilo que lhe agrada.

Outro número que ajuda a entender o crescimento do streaming no país está na proporção de domicílios com TV com acesso à internet.

Em 2022, o aparelho foi usado por 47,5% das pessoas de dez anos ou mais que acessaram a internet, ficando à frente do notebook (35,5%) e só atrás do celular (98,9%). Os números são do IBGE.


Prejuízos do calor

O calorão fora de época registrado no país já preocupa executivos de diversos setores. Eles planejam adaptações para um cenário de aquecimento prolongado, que afeta trabalhadores e produtos, prejudicando a produtividade das empresas.

Os impactos em cada setor:

  • Construção civil: acostumada a parar na temporada de chuva, ela agora se preocupa também com as ondas de calor. Quando certos limites de temperatura são ultrapassados, os trabalhadores fazem pausas durante a jornada.
  • Aviação: quando a temperatura do ar aumenta, sua densidade cai, o que reduz o volume de oxigênio que entra nos motores, impactando a potência e a performance de decolagem do avião.
  • Vestuário: fica com dificuldade para gerir o estoque. Sequências de dias quentes no inverno acabam atrapalhando a venda de roupas de frio.
  • Seguros: relatório da corretora Marsh e outras entidades sobre os dez maiores riscos esperados para a próxima década aponta seis ligados a questões climáticas e ambientais, como perda de biodiversidade e crise de recursos naturais.

Por que esquentou: o calor é resultado de contínuas emissões de gases de efeito estufa provenientes da atividade humana, combinadas com a ocorrência do El Niño, que aquece as águas superficiais no oceano Pacífico Oriental e eleva as temperaturas em diversas partes do planeta, afirmam os ambientalistas.

Cientistas da União Europeia disseram na quarta (8) que é "praticamente certo" que 2023 será o ano mais quente em 125 mil anos. Outubro foi o mês mais quente da história.

  • Tem que usar terno e gravata nesse calor? Funcionário pode ir trabalhar de bermuda? Veja aqui os direitos.

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