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Aerolíneas Argentinas projeta ter primeiro lucro 15 anos após reestatização

Empresa prevê lucro de US$ 32 milhões para 2023 após prejuízo de US$ 246 milhões em 2022

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Carlos Martins
Aeroin

A Aerolíneas Argentinas informou nesta segunda-feira (4) que projeta um lucro de US$ 32 milhões para o exercício de 2023, o que representaria a primeira vez que seu balanço sai do vermelho desde sua reestatização, em 2008.

Além disso, a empresa não deve executar nenhum dos fundos atribuídos pelo governo ao seu orçamento neste ano. Em 2022, a Aerolíneas registrou perdas de US$ 246 milhões.

A informação foi divulgada duas semanas após o libertário Javier Milei ser eleito presidente do país. Antes da e durante a campanha, e mesmo depois de vencer o pleito, ele afirmou que tem intenção de privatizar todas as empresas públicas.

Avião da Aerolíneas Argentinas - Juan Mabromata - 24.dez.2020/AFP

Segundo o portal Aviacionline, Milei propôs um plano específico para a Aerolíneas Argentinas, que consistiria em entregar sua propriedade aos trabalhadores com capital de giro por um ano para que eles a tornassem economicamente sustentável.

Em agosto, a Aerolíneas Argentinas divulgou um balanço semestral com um déficit de US$ 48 milhões, uma cifra 61% menor do que no mesmo período de 2022 e 81% menor do que em 2019, indicando uma tendência de redução do déficit.

A empresa registrou perdas de US$ 667 milhões em 2019, US$ 654 milhões em 2020 e US$ 439 milhões em 2021.

"A Aerolíneas demonstrou que, com um plano de negócios sério e responsável, a sustentabilidade é possível. E fizemos isso sem usar o orçamento atribuído pelo Estado, com um recorde de passageiros, mais aviões, mais destinos, mais rotas e agregando valor a todo o setor turístico", disse Pablo Ceriani, presidente da Aerolíneas Argentinas.

A empresa também detalhou, por meio de um comunicado, que espera que as receitas em 2023 atinjam US$ 2,1 bilhões, 24% a mais do que em 2022 e 34% a mais do que em 2019.

Destacaram ainda os US$ 100 milhões obtidos no mercado de capitais por meio de um fideicomisso —mecanismo de cessão temporária de bens para a administração de terceiros— administrado pelo Banco de Investimento e Comércio Exterior argentino.

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