Descrição de chapéu Estados Unidos

Embraer dobra capacidade em centros de serviços nos EUA

Paralelamente, Airbus ruma para recorde de encomendas de jatos em 2023

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Reuters

A Embraer anunciou nesta quarta-feira (20) que está dobrando sua capacidade de manutenção de aeronaves nos Estados Unidos, adicionando instalações em Dallas, Cleveland e Sanford a uma base que já inclui operações no Arizona e na Flórida.

Hoje, a empresa ainda possui 24 centros de serviços autorizados para seus jatos executivos no país.

A companhia afirmou em comunicado que os novos centros de manutenção (MRO, na sigla em inglês) serão focados em apoiar "o crescimento contínuo da base de clientes de jatos executivos da companhia".

Trabalhador da Swissport abastece aeronave Embraer E195-E2 da Porter Airlines enquanto se prepara para partir do Aeroporto Internacional de Miami, nos EUA
Trabalhador da Swissport abastece aeronave Embraer E195-E2 da Porter Airlines enquanto se prepara para partir do Aeroporto Internacional de Miami, nos EUA - Cristobal Herrera-Ulashkevich - 13.dez.23/EFE/EPA

A unidade de manutenção da Embraer foi responsável por 31,5% da receita total da companhia nos primeiros nove meses de 2023.

"A frota de jatos execu tivos da Embraer tem crescido rapidamente nos últimos anos, com uma demanda forte e sustentada em todo o portfólio de produtos. Este acordo proporcionará capacidades adicionais já prontas para utilização, garantindo que estamos preparados para atender nossos clientes e crescer estrategicamente por muitos anos", diz Frank Stevens, Vice-Presidente de Serviços de MRO da Embraer Serviços & Suporte.

A Embraer também anunciou que aumentará sua rede de resposta móvel para 28 equipes e ampliará suas capacidades, incluindo acesso a serviços de interior, pintura e reparos de componentes. O serviço nas três localidades está programado para começar no segundo trimestre de 2024.

Airbus deve atingir recordes

A Airbus está a caminho de quebrar os recordes de encomendas do setor aeroespacial em 2023, depois de uma onda de compras de aviões feitas por companhias aéreas europeias e de um mês acelerado de entregas até agora, disseram fontes do setor à agência de notícias Reuters.

Os pedidos de um total de quase 200 jatos da easyJet e da Lufthansa na terça (19) parecem destinados a elevar as encomendas brutas até o momento neste ano acima do recorde de cerca de 1.800 em 2014, o pico do último grande ciclo.

As encomendas brutas fornecem uma indicação aproximada do ritmo de atividade do mercado em um determinado ano, embora os analistas digam que um indicador mais amplamente observado do desempenho de uma fabricante de aviões são os "pedidos líquidos", que excluem cancelamentos e conversões de modelos.

Esses números não estarão oficialmente disponíveis até janeiro, mas as fontes disseram que há grandes chances de que a Airbus também ultrapasse o recorde anterior de mais de 1.500 pedidos líquidos.

A Airbus não quis comentar o assunto antes do anúncio do balanço do ano inteiro, previsto para 11 de janeiro.

As companhias aéreas estão se esforçando para encomendar novos aviões para renovar frotas existentes em meio ao temor de uma escassez nos próximos anos.

Tanto Airbus quanto Boeing, que também obteve um pedido importante da Lufthansa na terça, podem anunciar mais negócios este mês, impulsionadas pela retomada da demanda após a pandemia, disseram fontes do setor.

Na sexta, a Turkish Airlines anunciou 220 novos pedidos de aviões Airbus, além de 10 A350-900 que já estavam na carteira da Airbus como cliente não identificado. A empresa aérea turca indicou que planeja fazer um pedido comparável à Boeing.

A Airbus entregou 623 aeronaves entre janeiro e novembro, restando 97 a serem entregues em dezembro para atingir a meta anual de 720 aviões.

Faltando pouco mais de 10 dias para o final do ano, o total chegou a cerca de 680 aviões, disseram fontes do setor, tirando um pouco da urgência da tradicional corrida de fim de ano da empresa para cumprir a meta.

É a segunda vez, desde a pandemia, que a Airbus tenta atingir 720 entregas em um ano, depois que as pressões de fornecimento frustraram a tentativa no ano passado.

Após um início de ano fraco, os analistas expressaram uma confiança crescente de que a Airbus cumprirá as metas de entrega em 2023, mas afirmam que o próximo ano será desafiador, com o aumento da produção prejudicado pela escassez de materiais e peças.

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