A Petrobras avalia abrir uma unidade no Oriente Médio, após o Brasil ter sido convidado a aderir ao acordo de cooperação com a Opep+, grupo composto pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e produtores aliados.
A estatal iniciará neste mês o estudo de uma subsidiária destinada a fortalecer os laços comerciais na região do golfo Pérsico, disse o presidente da companhia, Jean Paul Prates, em mensagem de texto para a Bloomberg News na sexta-feira (1º).
As declarações de Prates vêm um dia depois de o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, dizer que o país pretende aderir ao acordo de cooperação da Opep+, uma plataforma de diálogo aberta a todos os países produtores de petróleo, sem as obrigações de cotas dos membros do grupo.
"Vamos analisar a viabilidade de estabelecer uma subsidiária integral no Golfo: Petrobras Arábia", disse Prates, por meio de mensagem de texto.
O Brasil produz mais de 3 milhões de barris de petróleo por dia, aproximadamente o mesmo que Irã e Emirados Árabes Unidos, que são membros da Opep.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reforçado os laços com a Opep+, como parte de sua agenda mais ampla de representar o mundo em desenvolvimento.
Prates viajou a Viena em julho para um evento da Opep+ e ajudou a intermediar a visita ao Brasil do secretário-geral do grupo, Haitham Al-Ghais, em outubro, para reunião com Lula.
A Petrobras vai explorar "empreendimentos mutuamente complementares" com membros da Opep+, tanto no golfo Pérsico como no Brasil, disse Prates.
A petrolífera já estuda a criação de uma subsidiária chinesa como parte dos planos de expansão internacional de Prates.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.