Apple supera Samsung em celulares, elite brasileira mais rica e o que importa no mercado

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São Paulo

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Nova líder em celulares

A Apple superou a Samsung no ano passado como a maior fabricante global de celulares, conforme dados do grupo de pesquisa IDC.

A empresa sul-coreana liderava o volume de produção do mercado há 12 anos.

Em números:

  • 234,6 milhões de iPhones foram fabricados pela empresa da maçã em 2023, em uma alta anual de 3,7%;
  • 226,6 milhões de aparelhos foram entregues pela Samsung, em um tombo de 13,6% ante 2022;
  • 1,17 bilhão de celulares foram fabricados no ano passado, um recuo de 3,2% em relação ao ano anterior.

- A Apple foi a única entre as grandes fabricantes a registrar crescimento anual na produção de aparelhos.

Logo da Apple em loja em Manhattan - Mike Segar/REUTERS


O que explica: à procura de elevar sua margem de lucros diante do cenário de juros altos do ano passado, a Samsung priorizou seus modelos de médio e alto padrão.

  • Dessa forma, a fabricante perdeu participação no segmento de versões populares, afirma Amber Liu, gerente da empresa de análise Canalys.
  • Nesse segmento, destaque para a chinesa Transsion, que cresceu 30,8% no ano passado e se tornou a líder do mercado africano.

As cinco maiores fabricantes globais em participação de mercado:

  • Apple (EUA) - 20,1%;
  • Samsung (Coreia do Sul) - 19,4%;
  • Xiaomi (China) - 12,5%;
  • Oppo (China) - 8,8%;
  • Transsion (China) - 8,1%.

Por falar em Apple...

A Suprema Corte dos EUA rejeitou nesta terça os recursos de Apple e Epic Games sobre o resultado do julgamento da produtora de games contra a loja de aplicativos da maçã.

Entenda: a desenvolvedora do popular "Fortnite" questiona a taxa que é cobrada pela Apple –que pode chegar a 30%– das compras feitas dentro dos jogos. O jogo está indisponível para os usuários da App Store desde 2020.

  • Em uma decisão de 2021, uma juíza federal argumentou que a Epic não conseguiu provar qualquer violação das leis antitruste, mas determinou que a Apple liberasse os apps para disponibilizarem formas alternativas de pagamento.

E agora? A Apple já alterou sua política da loja de aplicativos para que desenvolvedores incluam links para pagamentos fora da App Store.

Sim, mas… A empresa continuará cobrando uma taxa a cada transação feita. A comissão máxima para quem usar um link alternativo de pagamento será de 27% –em vez dos 30%–, enquanto que apps de pequenas desenvolvedoras serão cobrados em 12%.

Não é só a maçã. No fim do ano passado, a própria Epic venceu um processo antitruste que moveu contra o Google em que ela também questionava as taxas cobradas pela big tech e a ausência de uma alternativa para pagamentos além do sistema Android.

O Google nega irregularidades e afirma que irá recorrer da decisão.


Elite mais rica

As 15 mil pessoas mais ricas do país, que representam 0,01% da população, viram sua renda crescer até o triplo do ritmo observado entre o restante da população entre 2017 e 2022.

Já os ganhos da imensa maioria dos brasileiros adultos (os 95% mais pobres) não avançaram mais do que 33% —pouca coisa acima da inflação do período (31%).

É o que aponta a nota técnica elaborada pelo economista Sérgio Gobetti, publicada pelo Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre. O estudo foi feito a partir das declarações do IR e utilizou os dados do IBGE sobre a evolução da renda de todos os brasileiros.

Em números:

  • R$ 2.169.741 foi a renda média mensal dos 15 mil brasileiros mais ricos em 2022; em 2017, era de R$ 1.106.710.
  • No 0,1% mais rico (154 mil pessoas), a renda cresceu em média 87% entre 2017 e 2022, já entre os 5% com mais ganhos, a alta foi de 51%.
  • Mais de 3 pontos percentuais (de 20,4% para 23,7%) foi o aumento da fatia da renda nacional que foi apropriada pelo 1% mais rico da sociedade brasileira no período.

O que explica o aumento na concentração de renda nesses anos? São dois fatores principais, diz Gobetti:

  • Ganhos com a atividade rural (parcialmente isentas), que cresceram especialmente entre os mais ricos;

O economista afirma que a concentração de renda no topo chegou a níveis recordes.


A tributação das bets

A tributação sobre os ganhos dos apostadores esportivos será inferior em relação aos ganhadores da Mega Sena, enquanto que as empresas terão a cobrança de uma alíquota superior à aplicada em outros países.

É o que explicam advogados tributaristas ouvidos pelo repórter Eduardo Cucolo em relação à lei que regulamenta as apostas de alíquota fixa, sancionada pelo presidente Lula no fim de 2023.

Como será a tributação:

↳ Para os apostadores:
15% de Imposto de Renda sobre o valor obtido com a premiação –na Mega Sena, a cobrança é de 30%.

↳ Para as bets:
12% sobre o valor total das apostas arrecadadas dos jogadores, excluído o valor dos prêmios pagos.

  • Elas também estão sujeitas à cobrança de IRPJ/CSLL, PIS/Cofins e ISS.
  • Há ainda uma taxa anual de até R$ 1,94 milhão e outorga de R$ 30 milhões para operar por até cinco anos.

Como funciona em outros países:

↳ Para os apostadores:
nos EUA há 24% apenas de imposto federal sobre o prêmio, na Alemanha 5% sobre cada aposta e no Reino Unido as pessoas físicas são isentas.

↳ Para as bets: a alíquota da cobrança sobre o valor das apostas descontado do prêmio pago aos apostadores varia entre de 5% a 25%.

  • Na maioria dos outros países, porém, as empresas não têm de pagar impostos comuns a outras empresas, como é o caso no Brasil.
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