Marcas levam celebridades como Messi e Ice Spice ao Super Bowl em publicidade milionária

Custo médio para 30 segundos de tela foi de US$ 7 milhões (R$ 35 milhões) pelo segundo ano consecutivo

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São Paulo

No Super Bowl, jogo final da liga de futebol americano NFL, marcas já conhecidas pelo público desembolsaram milhões de dólares por alguns segundos de tela durante a transmissão da edição de 2024, que acontece neste domingo (11).

As propagandas durante a partida são muitas, e os anunciantes, mais diversos ainda. A Michelob Ultra exibiu Lionel Messi jogando bola na praia enquanto tomava a cerveja da marca. Já o ator Chris Pratt apareceu comendo a batata Pringles em diferentes cenários. E a cantora de rap Ice Spice, indicada ao Grammy deste ano, bebia uma lata de Starry no anúncio do refrigerante de limão da PepsiCo.

Messi está apoiado na bancada de um bar na praia. Ao lado dele, um homem segura uma cerveja
O jogador Lionel Messi aparece em propaganda da marca de cerveja Michelob Ultra - Reprodução

Assim como em 2023, a campanha "He Gets Us", algo como "ele nos entende", em inglês, teve seus segundos entre anúncios de marcas de alimentos e carros. No ano passado, a agência por trás da propaganda disse ao New York Times que a campanha visa aumentar a relevância de Jesus na cultura americana.

"Jesus não ensinou ódio. Ele lavou pés. Ele nos entende", dizia o anúncio da campanha, nomeada "Foot Washing" ("lavagem de pés, em inglês), exibida na primeira parte do jogo.

Tom Brady, ex-astro de futebol americano e ex-marido de Gisele Bündchen, também apareceu nos comerciais transmitidos durante o jogo para promover o site de apostas BetMGM. Já a marca de biscoitos Oreo apostou na socialite Kris Jenner, e a M&M's, na atriz Scarlett Johansson.

Entre as jogadas dos atletas dos times San Francisco 49ers e o Kansas City Chiefs, que disputaram o título deste ano, lá estavam anúncios de empresas que pagaram, em média, US$ 7 milhões (quase R$ 35 milhões) por 30 segundos na transmissão da partida, como mostrou reportagem do New York Times.

Esta foi a segunda edição consecutiva em que o custo médio dos anúncios ficou nesse patamar, que vem aumentando com o passar dos anos. Há cerca de 20 anos, o valor exigido para a exibição dos anúncios era de US$ 2,4 milhões –quantia que cresceu para US$ 4 milhões dez anos depois e, agora, gira em torno dos US$ 7 milhões.

Analistas ouvidos pelo New York Times afirmam que o cenário é resultado do movimento de oferta e demanda. Com a migração de programas populares para plataformas de streaming, a mídia está cada vez mais fragmentada. Os anunciantes, então, ficam dependentes de eventos ao vivo, como premiações e esportes, para atrair telespectadores.

É dessa forma que o Super Bowl chama a atenção das marcas. No ano passado, mais de 115 milhões de pessoas assistiram ao jogo do campeonato.

A competição tem sido tão acirrada que, nos últimos anos, as propagandas transmitidas na partida têm surpreendido. Em 2022, por exemplo, plataformas de negociação de criptomoedas chegaram a pagar US$ 39 milhões para ocupar os espaços na televisão.

Habitualmente, a grade publicitária do Super Bowl era ocupada por empresas de cerveja e de carros.

Em um dos anúncios veiculados em 2022, o humorista e ator Larry David promovia a FTX, companhia que colapsou em meio a um caso de fraude e ajudou a alimentar temores sobre o futuro da indústria de cripto. Além da FTX, anúncios da eToro, Coinbase e Crypto.com foram transmitidos a milhares de residências americanas naquele ano, num esforço de promover os criptonegócios a partir do maior jogo do futebol americano do mundo.

Com The New York Times

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