Descrição de chapéu Vale

Fundos mudaram investimentos após falas de Lula sobre Vale e Petrobras, diz pesquisa

Questionário foi enviado a 101 empresas do setor pela Genial e Quaest

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São Paulo

Fundos de investimentos brasileiros mudaram o perfil de sua carteira após declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a Petrobras e a Vale.

Os números fazem parte da pesquisa "O que pensa o mercado financeiro", realizada pela plataforma de investimentos Genial e pela empresa de inteligência de dados Quaest.

Os dados foram coletados em entrevistas online e por meio de respostas a questionários junto a 101 fundos com sedes em São Paulo e Rio de Janeiro. A pesquisa foi feita entre os dias 14 e 19 de março deste ano.

Lula discursa durante cerimônia de lançamento do projeto de investimento cultural da Petrobras - Pablo Porciuncula-23.fev.24/AFP

Mais da metade (57%) dos fundos entrevistados disseram ter alterado a carteira de investimentos em resposta à questão "Após as declarações de Lula sobre a Vale e a Petrobras, você… ". Outros 43% mantiveram o mesmo portfolio.

Os fundos reprovam as declarações de Lula sobre a Petrobras e a Vale. O presidente criticou a intenção da estatal de petróleo de pagar dividendos, dizendo que a empresa tem de pensar em investimentos, não apenas nos acionistas.

Sobre a Vale, Lula afirmou que a mineradora não pode pensar ser dona do Brasil e que as companhias nacionais "precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro."

Pela pesquisa da Quaest e da Genial, 97% responderam ser errada a decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários aos investidores, enquanto 89% temem que uma possível interferência do governo federal na Vale diminua os investimentos estrangeiros no país.

A pesquisa mostrou também a desaprovação do mercado ao governo Lula. São 64% os que têm visão negativa da administração federal, um aumento de 12% em relação à edição anterior, realizada em novembro do ano passado. São 30% os que qualificam como "regular" o governo, e 6% têm visão positiva.

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