Campos Neto diz não ter candidato favorito à sua sucessão; veja vídeo

Presidente do BC, que encerra mandato na autarquia neste ano, também negou planos de abrir fintech em Miami

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São Paulo

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (5) não ter favoritos para sua sucessão como presidente do Banco Central, cargo que ele deixa no final deste ano.

"Eu não tenho nenhum candidato, eu não deveria opinar sobre nenhum tipo de candidato", disse em seminário de inovação do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que acontece em São Paulo.

A discussão sobre quem ocupará a presidência da autarquia tem se intensificado, depois que Campos Neto pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que o governo federal escolha o próximo presidente do BC entre outubro e novembro, para que haja tempo hábil de o indicado ser sabatinado no Congresso antes do recesso de fim de ano.

Nesta semana, o presidente do BC voltou a defender em outro evento que o início do processo sucessório da autarquia aconteça antes do fim do seu mandato, que ocorre em 31 de dezembro.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no escritório do BC em São Paulo
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no escritório do BC em São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

Nos bastidores circula o nome de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária da autoridade monetária, como o sucessor de Campos Neto no cargo. Galípolo já foi secretário-executivo da Fazenda, mas logo foi conduzido para o BC para substituir Bruno Serra na diretoria.

Campos Neto também negou que avalie abrir uma fintech em Miami após deixar a autarquia. "É fake news, eu não tenho nenhum pensamento na minha cabeça de fazer nenhuma fintech amanhã. Não sei de onde saiu isso", disse, rindo.

OPEN FINANCE GERA ECONOMIA DE R$ 6,4 MILHÕES

Durante apresentação sobre digitalização dos meios de pagamentos, moedas digitais e open finance, Campos Neto destacou que o sistema bancário aberto (open finance) já permitiu uma economia de R$ 6,4 milhões em juros de cheque especial no Brasil.

Segundo ele, o modelo brasileiro de open finance —sistema de compartilhamento de informações de clientes entre instituições financeiras— tem se consolidado como uma referência mundial e já há uma série de exemplos de impactos positivos entre os clientes.

"A gente teve R$ 1 bilhão de crédito através de portabilidade de um grande banco estatal; R$ 700 milhões nos aumentos de limites que foram feitos via open finance; R$ 6,4 milhões de economia em juros de cheque especial por oferta via plataformas de open finance", destacou Campos Neto.

De acordo com o presidente do BC, esse sistema também já permitiu que 1,4 milhão de clientes tenham sido alertados que tinham recursos parados na conta. Além disso, o sistema permitiu uma redução de 32 horas para 2 horas e 10 minutos no processo de abertura de uma conta em instituições.

Em sua apresentação, Campos Neto pontuou ainda que o open finance já registra mais de 42 milhões de consentimentos para compartilhamento de dados, com mais de 800 instituições participando do sistema.

Com Reuters

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