Elon Musk, dono do X, se opõe à proibição do TikTok nos EUA

Câmara dos Representantes vota neste sábado (20) projeto de lei que pode banir app do país

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San Francisco | AFP

Elon Musk se pronunciou nesta sexta-feira (19) contra a proibição do TikTok nos Estados Unidos, mesmo que isso signifique menos concorrência para sua plataforma X, enquanto a iniciativa recebe um novo impulso de ambos os partidos americanos no Congresso.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votará neste sábado (20) um projeto de lei que obrigaria o TikTok a se desfazer da empresa matriz chinesa ByteDance ou enfrentar uma proibição nacional.

A medida, que conta com o apoio de muitos democratas e republicanos, foi incluída em um pacote de ajuda maciça para Ucrânia, Israel e Taiwan, o que poderia facilitar sua aprovação em ambas as câmaras do Congresso americano.

O CEO da Tesla e dono do X, Elon Musk - Sergei Gapon/AFP

"O TikTok não deve ser proibido nos Estados Unidos, mesmo que essa proibição possa beneficiar a plataforma X", disse Musk em uma publicação na rede social que adquiriu em 2022. "Fazê-lo seria contrário à liberdade de expressão."

Várias respostas ao comentário de Musk sobre o X expressaram preocupação de que uma proibição do TikTok estabelecesse um precedente que poderia ser usado para atacar outras redes sociais e serviços de mensagens.

Segundo o projeto de lei, a ByteDance teria que vender o aplicativo em alguns meses ou seria excluída das lojas de aplicativos da Apple e do Google nos Estados Unidos.

Também daria ao presidente dos Estados Unidos a autoridade para designar outros aplicativos como uma ameaça à segurança nacional se forem controlados por um país considerado hostil.

O TikTok criticou o projeto de lei, afirmando que prejudicaria a economia dos Estados Unidos e minaria a liberdade de expressão.

"É lamentável que a Câmara dos Representantes se escude em uma importante ajuda externa e humanitária para aprovar mais uma vez um projeto de lei de proibição", declarou um porta-voz da empresa.

O porta-voz acrescentou que uma proibição "pisotearia os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos, devastaria 7 milhões de negócios e fecharia uma plataforma que contribui com US$ 24 bilhões [R$ 125 bilhões] anuais para a economia dos Estados Unidos".

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