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Braskem tem outros interessados e saída de Adnoc não encerra processo de venda, diz Prates

Petroquímica anunciou na segunda-feira (6) encerramento de negociações com grupo árabe

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Houston (EUA)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira (7) que a Braskem tem outros interessados e deve receber novas investidas, a despeito da retirada da proposta de aquisição feita pela árabe Adnoc nesta semana.

A fatia está sendo vendida pela Novonor (ex-Odebrecht), mas como sócia minoritária a estatal acompanha de perto o processo para definir se vende sua parte ou exerce direito de preferência sobre eventual proposta.

"Ainda tem gente olhando", afirmou Prates, ressaltando que trata-se de um processo confidencial tocado por uma empresa privada. "A gente entende que [o processo] é bem conduzido, tem atraído gigantes de todo o mundo."

O presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates - Rubens Cavallari - 22.abr.2024/Folhapress

Desde que a Novonor decidiu colocar sua fatia à venda, já houve propostas do grupo Unipar, da J&F e da Adnoc. Nenhuma delas prosperou. Recentemente, o braço petroquímico da Kuwait Petroleum Company iniciou conversas com os vendedores.

Prates diz que a Petrobras tem conversado com os interessados e entende que os parceiros árabes têm visões semelhantes à da estatal brasileira para o futuro da petroquímica.

Afirmou, ainda, que a estatal entende que precisa de um sócio com capacidade financeira suficiente para sustentar pesados investimentos na Braskem.

O presidente da Petrobras avalia que o passivo ambiental da tragédia de Maceió não é um impeditivo para a venda da fatia da Novonor na Braskem.

"Dentro do conglomerado Braskem, isso não deveria ser um fator de deter propostas concretas, pragmáticas sobre o ativo", afirmou.

A retomada de investimentos em petroquímica é uma das missões da gestão Prates na Petrobras. Portanto, o mercado espera que a companhia mantenha sua fatia na Braskem. Outra missão é ampliar investimentos em refino no país.

Neste sentido, a estatal negocia com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a revisão dos acordos que determinaram durante o governo Jair Bolsonaro (PL) a redução da concentração nos mercados de refino e gás natural.

Os acordos justificaram a privatização de duas refinarias e das malhas de gasodutos da estatal. Prates disse que espera um acordo com o Cade em breve, que lhe permitiria ampliar sua fatia no mercado em troca de alguns remédios contra abuso de poder.

Enquanto isso, a Petrobras vem negociando a compra de fatia em uma das refinarias privatizadas, na Bahia, que foi vendida ao fundo árabe Mubadala. Prates disse esperar também avanços nessa negociação em breve.

O acordo que edu início das conversas prevê que a estatal brasileira se torne sócia da Mubadala na refinaria e também em um novo projeto de produção de combustíveis com matéria-prima vegetal.

O repórter viajou a convite da Petrobras

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