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Shein quer entrar na Bolsa de Londres em meio a obstáculos em NY, diz agência

Movimento será feito ainda neste mês, segundo fontes ouvidas pela Reuters

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Julie Zhu Greg Roumeliotis Kane Wu
Hong Kong e Nova York | Reuters

A gigante de fast-fashion Shein está intensificando preparativos para uma listagem em Londres, depois que sua tentativa de abrir capital em Nova York enfrentou obstáculos regulatórios e resistência de parlamentares dos Estados Unidos, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto à agência de notícias Reuters.

A varejista de moda online planeja atualizar o órgão regulador de valores mobiliários da China sobre a mudança do local da oferta pública inicial (IPO) e entrar com o pedido de registro na Bolsa de Valores de Londres (LSE) já neste mês, segundo uma delas.

Pessoas fazem compras na loja temporária de férias da Shein dentro da Forever 21 da Times Square, em Nova York
Pessoas fazem compras na loja temporária de férias da Shein dentro da Forever 21 da Times Square, em Nova York - David 'Dee' Delgado - 10.nov.23/Reuters

A Shein, que, de acordo com uma das fontes, foi avaliada em US$ 66 bilhões (R$ 340,3 bi) em uma captação de recursos no ano passado, começou a se envolver com as equipes de Londres de seus consultores financeiros e jurídicos para explorar uma listagem na LSE este ano, disseram a fonte e uma outra pessoa familiarizada com o assunto.

A empresa de moda fundada na China também procurou gestores de fundos sediados em Londres para reuniões introdutórias antes do lançamento, afirmou outra fonte com conhecimento direto do assunto.

A Shein e a LSE não quiseram comentar. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) não respondeu a um pedido de comentário.

A Shein entrou com um pedido confidencial de IPO junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em novembro e procurou a CSRC para obter a aprovação de Pequim no mesmo mês, disseram as fontes.

O plano para uma IPO nos EUA ainda está oficialmente sobre a mesa, mas a empresa sediada em Singapura tem tido dificuldades em superar os obstáculos regulatórios nos EUA e na China, em meio a críticas de parlamentares norte-americanos sobre supostas práticas irregulares de trabalho e ações judiciais de concorrentes.

Neste ano, a CSRC informou à Shein que o órgão regulador não recomendaria uma IPO nos EUA devido aos problemas da cadeia de suprimentos da empresa, disse uma outra fonte.

Embora a Shein esteja agora se preparando para uma IPO em Londres, ela ainda prefere Nova York como local de listagem e planeja manter seu pedido à SEC ativo caso haja uma mudança na postura dos órgãos reguladores dos EUA, declarou a segunda fonte.

A empresa também poderá buscar uma listagem secundária nos EUA em Nova York após sua IPO em Londres, quando considerar que o clima político dos EUA é mais favorável, acrescentou a segunda fonte.

A empresa enfrenta um escrutínio mais rigoroso do que o esperado por parte dos órgãos reguladores dos EUA em um ano eleitoral. Em um sinal da natureza complexa do processo de solicitação, a SEC ainda não avançou com o pedido de IPO da Shein, disseram as duas fontes.

A SEC não respondeu a um pedido de comentário.

O plano da Shein de atualizar o órgão regulador chinês sobre a IPO de Londres a tornaria sujeita à aprovação de Pequim, de acordo com as novas regras de listagem para empresas chinesas que abrem seu capital no exterior, disseram a primeira fonte e uma outra fonte.

A IPO, caso se concretize, poderá ser uma das maiores do mundo este ano, segundo as fontes.

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