Descrição de chapéu Financial Times China

Amazon lançará seção com descontos para competir com Temu e Shein nos EUA

Gigante do comércio eletrônico deve lançar promoção na primavera e será voltada ao cliente dos EUA

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Ryan McMorrow Tina Hu
Pequim | Financial Times

A Amazon planeja criar uma seção de descontos para concorrer com os preços da Temu e Shein, dois dos seus maiores adversários no e-commerce.

A iniciativa deve ser utilizada inicialmente em produtos originários da China. Recentemente, os principais vendedores da Amazon na China participaram de uma reunião na qual foi divulgado o plano.

Várias pessoas formam uma roda e digitam em seus celulares
Seção será lançada no aplicativo da Amazon e terá produtos vendidos por até US$ 20

A Amazon planeja incluir a nova seção na página inicial de seu aplicativo e entregar os produtos de baixo custo entre 9 a 11 dias. A oferta seria destinada a consumidores dos EUA dispostos a esperar mais do que os típicos prazos de entrega de um ou dois dias da Amazon para garantir o desconto.

Segundo uma pessoa familiarizada com o assunto, a Amazon fará o lançamento em produtos vendidos por menos de US$ 20, pesam menos de uma libra (cerca de 454 gramas) e não são comestíveis ou líquidos.

A previsão é que o lançamento ocorra no outono nos EUA (primavera no Brasil) deste ano.

De acordo com a apresentação vista pelo Financial Times, as mercadorias serão enviadas de avião dos armazéns na China para a casa dos clientes nos EUA.

A Amazon tenta se fortalecer na disputa contra Temu e Shein, que cresceram rapidamente com anúncios de produtos de baixo custo.

Os pacotes individuais destinados aos consumidores se beneficiam da regra de valor mínimo, que muitos países têm para permitir que os cidadãos recebam encomendas do exterior com um determinado valor sem pagar tarifas de importação. Nos EUA, o limite é de US$ 800 por pacote.

O uso da brecha por Temu e Shein permitiu que uma onda de produtos chineses chegasse às portas dos compradores americanos, evitando tarifas sobre importações chinesas que foram aumentadas durante a administração Trump.

Ambas as empresas têm sido criticadas por políticos nos EUA por essa prática, e legisladores em Washington apresentaram projetos de lei para restringir o uso da brecha do valor mínimo. Associações de comerciantes também reclamaram e pediram alteração na legislação.

A Amazon, cujo valor de mercado ultrapassou US$ 2 trilhões pela primeira vez na quarta-feira (26), disse que estuda uma nova forma de venda, mas não confirmou o site com descontos. "Estamos sempre explorando novas maneiras de trabalhar com nossos parceiros vendedores para encantar nossos clientes com mais opções, preços mais baixos e maior conveniência".

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