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Decisões unânimes no BC mostram compromisso com meta de inflação, diz Campos Neto

Presidente do BC afirma que votações recentes foram coesas e demonstram credibilidade

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Brasília | Reuters

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (9) que a diretoria do Banco Central tem votado de forma coesa e unânime, mostrando compromisso com a meta de inflação.

Ele ressalta que tem confiança de que esse comprometimento será mentido após o fim de seu mandato.

As declarações foram dadas após o Copom (Comitê de Política Monetária) tomar as duas últimas decisões para a taxa básica de juros de maneira unânime, com o endurecimento no tom de suas comunicações também apoiado pelos diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, concede entrevista
Roberto Campos Neto vê coesão na diretoria do BC - Pedro Ladeira/Folhapress

"O Banco Central tem votado de forma coesa e unânime, mostrando seu compromisso com o atingimento da meta", disse Campos Neto em cerimônia da Ordem dos Economistas do Brasil, onde recebeu a homenagem Economista do Ano de 2024.

"Tivemos conversas importantes nos últimos meses entre os membros do Banco Central sobre a importância de proteger a credibilidade com decisões técnicas, e o BC tem demonstrado isso", acrescentou.

Em sua reunião de julho, o BC manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano e passou a afirmar em sua comunicação, com apoio de todos os diretores, que não hesitará a elevar os juros para atingir a meta de 3% para a inflação se necessário.

No discurso, Campos Neto afirmou ainda que os dados correntes observados na economia estão melhores do que o indicado pelos preços de mercado.

"A gente tem um mercado de trabalho indo super bem, abaixo de 7% de desemprego, um crescimento acima do esperado nos últimos quatro anos, balanços externos bastante sólidos apesar de uma ligeira piora nos termos de troca mais recentes, e um crescimento de crédito", avaliou.

Para o presidente do BC, o que se observa atualmente é "um problema de expectativa com relação às políticas futuras", tanto a fiscal quanto a monetária. Nesse sentido, ele afirmou que o BC tem buscado dirimir ruídos no mercado.

"O BC tem demonstrado um comportamento bastante técnico, tem tentado ficar um pouco distante do ruído político, do ruído do dia a dia, e eu acho que a instituição tem crescido muito com a autonomia", afirmou, citando que muitas vezes o BC está no meio de uma "guerra política".

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