Mercado publicitário prevê inovação em anúncios após mudança no formato da Folha

Especialistas avaliam que modelo se adapta a nova realidade do leitor

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São Paulo

Especialistas em comunicação e marketing de grandes instituições e agências de publicidade avaliam que o novo modelo da edição impressa da Folha vai ampliar as alternativas de diálogo e relacionamento com o leitor.

O produto foi apresentado ao mercado publicitário em eventos realizados em agosto na sede do jornal, em São Paulo. A partir de setembro, o impresso passa a circular no padrão berliner, com 43 cm de altura em vez dos 56 cm da versão atual, e terá páginas adicionais.

Entre as inovações, também haverá mudanças no processo de impressão, para não soltar tinta nas mãos do leitor, e no tamanho das colunas de textos, que buscam dar mais conforto à leitura. Os espaços publicitários vão permitir novos formatos, inserção de cores especiais e até aromas no papel.

Reprodução do novo formato da Folha, no padrão berliner
Reprodução do novo projeto gráfico da Folha, no padrão berliner - editoria de arte/Folhapress

Para Ana Laura Sivieri, diretora de marketing e comunicação corporativa da Braskem, o novo impresso se adapta às transformações nos hábitos do leitor e traz um design mais ergonômico.

"O formato menor dá uma portabilidade maior. Hoje em dia, as casas são menores, as pessoas estão sempre em movimento, e tem a questão do home office. O escritório virou uma mochila. A portabilidade e o espaço estão mais importantes", afirma a executiva.

Com a mudança, Sivieri diz ver um aumento relevante das alternativas de criação para os anunciantes. "O maior ponto é a quantidade de opções de anúncios. É a possibilidade de fazer anúncios com dobras, em 3D ou até com cheiro. Hoje em dia, é difícil chamar a atenção do público, e a mídia impressa fica muito estática. Então, esse formato traz um refresco, uma nova forma de chamar a atenção por meio do veículo impresso", diz ela.

Humberto Sato, diretor de marketing da CVC Corp, também prevê inovação nos anúncios publicitários. "Gostei muito do novo projeto gráfico. O formato berliner traz mais praticidade, aliado com a criatividade de novos formatos, cores e até a possibilidade de aromas", diz Sato.

Para o diretor de reputação e comunicação da Ambev, Lucas Rossi, o novo padrão da Folha impressa ficou mais organizado e adequado a um mundo em que o leitor está muito exposto a diferentes fontes de informação.

"Eu tenho um sentimento de que, cada vez mais, com o volume de informação a que temos acesso, seja pelas redes sociais ou pelas trocas de mensagens que fazemos, está cada vez mais complexo absorvermos informação e criarmos repertório. Me parece que o novo formato do jornal organiza ainda mais a curadoria de informação e ajuda o leitor a digerir melhor o contexto sociopolítico e econômico do país e do mundo", diz Rossi.

Pablo Toledo, diretor de marketing e comunicação da BYD Brasil, afirma que o jornal impresso tem a vantagem de hierarquizar a importância das notícias para o leitor, o que ficou mais valorizado com a nova disposição gráfica. "Ágil e ao ponto, sem perder a hierarquização de conteúdo que só a versão impressa tem. Uma curadoria indispensável em tempos de fake news", afirma.

Para Alexandre Nogueira, diretor de marketing da Bradesco Seguros, o novo visual demonstra a capacidade de renovação do jornal. "A Folha sempre busca promover inovações em prol da melhoria da experiência dos leitores e dos anunciantes. Faz parte do seu DNA", diz.

A mudança na largura das colunas favorece o produto, avaliam os especialistas. O publicitário Luiz Lara, presidente do Cenp-Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário, afirma que "ficou mais gostoso ler" o jornal no novo formato.

"O mesmo conteúdo, as notícias produzidas por jornalistas profissionais, a opinião dos articulistas, a cobertura em diversas áreas, em um formato mais fácil de ler. Esta evolução da Folha, preservando seus princípios editoriais, é muito importante no momento em que consumimos notícias o dia inteiro, no papel, no tablet, na tela do computador ou do celular", afirma Lara, que também é chairman do Grupo TBWA no Brasil.

Lara diz ver o novo modelo como grande oportunidade para as agências e anunciantes conectarem as marcas com o público qualificado. A mudança, diz ele, "mostra inovação e reafirma a relevância do meio jornal para o público leitor e para o mercado publicitário".

Luciana Schwartz, diretora de mídia e inovação da agência Babel Azza, afirma que, por meio da nova transformação, o jornal se mantém como símbolo do jornalismo profissional e maduro enquanto evolui com um formato de olhar contemporâneo.

Segundo Marcelo Benez, diretor-executivo comercial da Folha, a mudança reflete o pioneirismo do jornal, que tem identidade de inovação e busca uma experiência de leitura mais confortável a cada ciclo evolutivo.

"Esta reforma, em especial, traz uma série de novidades para o leitor e para o anunciante", diz Benez.

Ele afirma que as mudanças estão de acordo com o tráfego de leitura. "Antes, o leitor lia o jornal todos os dias. Hoje, ele lê o jornal o dia todo. No novo formato, então, ele vai ter a edição impressa, de manhã, com esse conjunto de novidades. E, ao longo do dia, ele lê no digital. Essa multiplataforma vai ficar mais harmônica", diz Benez.

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