Ministro avalia que área de grãos no Brasil pode crescer em ritmo menor por preço achatado

Carlos Fávaro disse que custos mais baixos e mais apoio do governo via Plano Safra são fatores que compensam parte da queda das commodities

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Roberto Samora
São Paulo | Reuters

Os preços "achatados" de grãos podem fazer com que a área plantada na próxima safra (2024/2025) do Brasil não cresça no ritmo dos últimos anos, mas custos mais baixos e o maior apoio do governo em financiamentos via Plano Safra são fatores que compensam parte da redução das cotações das commodities, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta terça-feira (27).

"O Brasil cresce quase que por osmose 1 milhão de hectares por ano em agricultura. Talvez não seja neste nível o incremento de área da agricultura [em 2024/2025], em função dos preços achatados, menos estimulantes", disse a jornalistas, ao comentar as expectativas para o plantio dos principais grãos, como soja e milho.

"De modo geral, talvez não haja um incremento muito grande na produção de grãos", acrescentou. "Mas temos outras culturas que estão bem, o arroz, o algodão, relativamente bom, amendoim, cacau, café", disse, em entrevista durante evento da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos).

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura), na cerimônia de lançamento do Plano Safra, no Palácio do Planalto, em julho - Pedro Ladeira-3.jul.2024/Folhapress

O ministro citou que o custo de produção de grãos, em uma média ponderada nos últimos dois anos, baixou 23%. E há 40% mais de recursos disponíveis no Plano Safra para financiar.

"Então a expectativa é para este ano um plano safra 63% mais eficiente, que dê ao produtor mais competitividade."

O ministro afirmou que o governo está estimulando o plantio de trigo, principalmente o "tropicalizado" no oeste baiano.

Ele reafirmou que o governo também busca impulsionar a produção de arroz em outras áreas, além do Rio Grande do Sul, o maior produtor nacional, visando garantir alimentos à população.

"Devemos lançar nos próximos dias contratos de opções para que o produtor tenha segurança em plantar (arroz) na segunda safra no Centro-Oeste, oeste baiano, no Matopiba, também no Rio Grande do Sul, estímulo do governo para que o produtor se sinta seguro e aumente sua produção."

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