Descrição de chapéu Financial Times

BlackRock e Microsoft planejam fundo de US$ 30 bi para investir em infraestrutura de IA

Nvidia e MGX, apoiada por Abu Dhabi, se juntarão ao esforço enquanto demanda da tecnologia por energia sobrecarrega redes

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Nova York e São Francisco (Estados Unidos) | Financial Times

A BlackRock está se preparando para lançar um fundo de investimento em IA (inteligência artificial) de mais de US$ 30 bilhões (R$ 164,9 bi) com a gigante da tecnologia Microsoft. O objetivo é construir centros de dados e projetos de energia para atender à crescente demanda decorrente da IA, disseram pessoas informadas sobre o assunto.

O fundo, que a BlackRock está lançando com sua nova unidade de investimento em infraestrutura, a GIP (Global Infrastructure Partners), seria um dos maiores veículos de investimento já levantados em Wall Street.

Um homem de óculos e cabelo claro está falando em uma entrevista. Ele usa um paletó azul e uma camisa branca. Ao fundo, há uma tela com informações financeiras e o logotipo da BlackRock visível.
Larry Fink, CEO da BlackRock, durante entrevista na Bolsa de Valores de Nova York - Brendan McDermid - 14.abr.2023/Reuters

Microsoft e MGX, a empresa de investimentos apoiada por Abu Dhabi, são parceiros no fundo. A Nvidia também está fornecendo expertise para o negócio, disseram as pessoas.

O fundo de investimento visa atender às impressionantes demandas de energia e infraestrutura digital para a construção de produtos de IA que devem enfrentar severos gargalos de capacidade nos próximos anos, afirmam as fontes próximas ao assunto.

O poder de computação da IA requer muito mais energia do que inovações tecnológicas anteriores e tem sobrecarregado a infraestrutura de energia existente.

O movimento marcaria o primeiro grande fundo da GIP desde que o grupo privado de investimentos em infraestrutura concordou em ser adquirido pela BlackRock, por US$ 12,5 bilhões (R$ 68,7 bi) no início deste ano. Esse acordo deve ser concluído em outubro.

A BlackRock, a maior gestora de dinheiro do mundo, destacou o setor de energia como uma de suas principais oportunidades de crescimento. O CEO Larry Fink escreveu aos investidores no início deste ano que "em meus quase 50 anos em finanças, nunca vi tanta demanda por infraestrutura de energia".

O fundo a ser lançado em breve é o mais recente criado por um grande gestor de ativos para atender à crescente demanda por energia para alimentar a IA generativa e a computação em nuvem. No início deste ano, a Microsoft concordou em destinar US$ 10 bilhões (R$ 54,9 bi) para projetos de eletricidade renovável construídos pela Brookfield Asset Management, do Canadá.

A Microsoft se comprometeu a garantir que 100% de seu consumo de energia seja compensado por compras de energia com zero carbono até 2030.

"O país e o mundo vão precisar de mais investimentos de capital para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura de IA necessária. Esse tipo de esforço é um passo importante", disse Brad Smith, presidente da Microsoft.

Em 2017, a Blackstone anunciou planos para um veículo de infraestrutura de US$ 40 bilhões (R$ 219,9 bi) com apoio da Arábia Saudita, e a Brookfield no ano passado levantou US$ 28 bilhões (R$ 153,9 bi) para o que foi descrito como o maior fundo de infraestrutura de todos os tempos.

A Agência Internacional de Energia estima que o consumo global de eletricidade por centros de dados pode ultrapassar 1.000 terawatts-hora até 2026, mais do que o dobro do valor usado em 2022.

Nos Estados Unidos, que abrigam um terço dos centros de dados do mundo, a demanda por eletricidade está aumentando rapidamente pela primeira vez em duas décadas, impulsionada em parte por essas instalações intensivas em energia.

Um relatório da Grid Strategies indica que as projeções de crescimento da demanda de eletricidade nos EUA para os próximos cinco anos quase dobraram no ano passado, aumentando de 2,6% para 4,7%.

Nvidia e MGX não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. A BlackRock recusou-se a comentar.

Brooke Masters , Antoine Gara , James Fontanella-Khan e Stephen Morris
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