Ex-espião russo envenenado deixa hospital na Inglaterra

Serguei Skripal estava internado desde 4 de março, quando foi encontrado desacordado

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Londres | Reuters

Serguei Skripal, um ex-espião russo que foi envenenado por um agente neurotóxico no Reino Unido há mais de dois meses, recebeu alta do hospital, informou nesta sexta-feira (18) o serviço de saúde da Inglaterra.

As autoridades disseram que por questões de segurança não vão nem revelar para onde o russo foi levado e nem dar detalhes sobre o seu estado de saúde.  

Skripal, 66, ex-coronel da inteligência militar russa que entregou dezenas de agentes de Moscou ao Reino Unido, e sua filha Iulia foram encontrados inconscientes em um banco público na cidade de Salisbury, no sul da Inglaterra, em 4 de março.

O ex-espião russo Serguei Skripal poucos dias antes do envenenamento
O ex-espião russo Serguei Skripal poucos dias antes do envenenamento - 27.fev.2018/AFP

O Reino Unido acusou a Rússia de estar por trás do ataque com um agente nervoso, e governos ocidentais, incluindo os Estados Unidos, expulsaram mais de 100 diplomatas russos. A Rússia nega qualquer envolvimento no envenenamento e expulsou diplomatas ocidentais em resposta.

Os Skripals permaneceram em estado grave por semanas e os médicos, em determinado momento, temiam que, mesmo se sobrevivessem, poderiam ter sofrido danos cerebrais. Mas sua saúde começou a melhorar rapidamente e Iulia recebeu alta no mês passado.

"É uma notícia fantástica que Serguei Skripal está bem o suficiente para deixar o Hospital Distrital de Salisbury", disse Cara Charles-Barks, chefe do hospital, em um comunicado.

O Reino Unido e inspetores internacionais de armas químicas disseram que pai e filha foram envenenados com Novichok, um grupo letal de agentes nervosos desenvolvido pelos militares soviéticos nas décadas de 1970 e 1980.

A Rússia nega as acusações do Reino Unido de envolvimento no primeiro uso ofensivo conhecido de tal agente nervoso em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial. Moscou sugeriu que o próprio Reino Unido realizou o ataque para alimentar uma campanha contra a Rússia.

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