Descrição de chapéu The Washington Post

Trump comete gafe e anda na frente da rainha Elizabeth 2ª

Comportamento do presidente foi chamado de "constrangedor" nas redes sociais

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A rainha Elizabeth 2ª atrás do presidente dos EUA, Donald Trump, após inspeção da Guarda de Honra, no Castelo de Windsor - Richard Pohle - 13.jul.2018/Associated Press
Jennifer Hassan
Londres | The Washington Post

Geralmente é difícil ofuscar a rainha da Inglaterra, mas o presidente Donald  Trump parece ter feito justamente isso. 

Trump e a rainha Elizabeth 2ª se encontraram na sexta-feira (13) como parte de sua visita de trabalho ao Reino Unido. Enquanto o tapete vermelho foi aberto no Castelo de Windsor, centenas se reuniram no protesto "Pare Trump" na Trafalgar Square, em Londres. 

Algumas horas antes, um boneco inflável mostrando o presidente como um bebê laranja gigante flutuou nos céus perto do Parlamento. 

Enquanto o protesto e uma série de sinais sarcásticos causaram um rebuliço, a caminhada de Trump com a rainha durante a inspeção dos guardas se tornaram rapidamente um assunto quente. 

Descrito como "constrangedor" e "desconfortável" nas redes sociais, imagens da caminhada se tornaram alvo de intenso escrutínio. Enquanto faziam um tour da área do castelo, Trump manteve um passo relativamente rápido, fazendo com que a rainha, às vezes, ficasse para trás enquanto ele ia em frente. 

Não há consenso sobre a atitude de Trump. Richard  Fitzwilliams, especialista em monarquia britânica, avalia que o presidente não quebrou o protocolo, ainda que tenha dado a "impressão de descoordenação". "Isso prova que ele (Trump) não se preocupa em ensaiar, porque acha que não precisa".


No entanto, agências de notícias como a Express e o jornal Daily Mail classificaram a mudança como uma violação do protocolo.
 

Nas redes sociais, alguns observadores imediatamente começaram a defender a rainha, que completou 92 anos neste ano. "Donald Trump acaba de andar na frente da rainha?!?!?!", perguntou um usuário claramente ofendido. "Detestei como Trump ousou andar na frente da rainha hoje", escreveu outro. 

Em certo momento, a rainha pode ser vista fazendo gestos para Trump, no entanto, não é claro exatamente a quê ela poderia estar se referindo. Nas mídias sociais, alguns especularam que Trump estava sendo instruído sobre de que lado ele deveria caminhar. 

Se foi o caso, o presidente não pegou a mensagem. 

Outros debateram online se Trump e a primeira-dama Melania quebraram o protocolo real quando optaram por cumprimentá-la com um aperto de mão em vez de se curvar ou fazer uma reverência. Enquanto alguns ficaram descontentes, esses gestos são opcionais e não fazê-los não quebra o protocolo real. Apesar de que se curvar não seja a regra, muitos acreditam que seja obrigatório. Trump, que é conhecido por seus apertos de mãos longos, poderosos e intensos, deixou muitos preocupados sobre o que aconteceria quando ele se encontrasse com a monarca mais longeva. 

A rainha, que raramente é vista abraçando os outros, não é conhecida pelas demonstrações públicas de atenção. Ela surpreendeu muita gente em 2012 quando foi vista afetuosamente colocando um braço ao redor de Michelle Obama. Obama retribuiu o gesto, e os dois ficaram de braços dados por um curto tempo. 

Na época, o escritor Charles Mosley descreveu a interação como "espantosa" e disse à CNN: "A grande coisa é que a rainha é quase uma pessoa sagrada. Em monarquias, há uma sacralidade que cerca o soberano, que talvez não seja conhecida em repúblicas". 

Em 1992, o então premiê australiano, Paul Keating, foi duramente criticado por colocar a mão na altura da  lombar da rainha. Os jornais britânicos se referiram a ele como o "lagarto de Oz" depois de seu comportamento grosseiro. 

A rainha estava toda de azul no encontro de sexta-feira com os Trump e parecia estar de bom humor  —apesar do eclipse presidencial. 

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