Descrição de chapéu Venezuela

EUA pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre crise na Venezuela

Líder do Legislativo se declarou presidente do país e tenta forçar saída do ditador Nicolás Maduro

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Manifestantes protestam contra Maduro em Maracaibo, na Venezuela - Andrea Romero - 24.jan.2019/Xinhua
Nova York

O governo americano solicitou nesta quinta-feira (24) que o Conselho de Segurança da ONU seja informado neste sábado (26) sobre a situação da Venezuela, segundo informações do embaixador da África do Sul às Nações Unidas, Jerry Matjila.

Em pedido obtido pela agência Reuters, os EUA solicitam uma reunião dos 15 membros do Conselho de Segurança “devido à situação incrivelmente volátil na Venezuela e à crescente crise humanitária no país que poderia levar a um conflito e instabilidade adicionais.”

Mais cedo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pediu que os membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) apoiem Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional que se proclamou líder do país, contra o regime do ditador Nicolás Maduro, qualificado de “ilegítimo” pelo representante do governo dos EUA.

“Nós pedimos à OEA e a seus estados-membros para agir nos princípios democráticos e decentes básicos e nos fatos incontroversos” que ocorreram, afirmou Pompeo.

“Esse regime é moralmente falido, economicamente incompetente e profundamente corrupto”, acrescentou, em referência ao governo de Maduro. “E é não democrático em sua essência.”

O conselheiro de segurança nacional americano, John Bolton, afirmou que as declarações de Trump na quarta-feira de que todas as opções envolvendo a Venezuela estavam sobre a mesa “falam por si mesmas.”

Ele disse também que o governo americano está tentando afastar o regime de Maduro de todas as suas fontes de receita.

Na quarta-feira, o regime venezuelano rompeu laços com os EUA e expulsou diplomatas americanos do país. Anunciou ainda o fechamento de sua embaixada e de todos os consulados nos EUA.

“Decidi fazer retornar todo o pessoal diplomático (...) e fechar nossa embaixada e nossos consulados nos EUA”, afirmou Maduro, em sessão especial do Poder Judiciário na qual acusou o governo americano de apoiar Guaidó num golpe de Estado.

Sobre a embaixada americana em Caracas, Bolton afirmou que os funcionários ainda estão lá e foram “convidados a permanecer pelo governo legítimo e compatível com a segurança deles é essa nossa intenção.

Mais cedo nesta quinta, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que as forças armadas venezuelanas estavam apoiando o “presidente legítimo” da Venezuela. Ele acusou ainda a “extrema direita” de instalar um governo paralelo e liderar um golpe “contra a democracia venezuelana.”

Nesta quarta, o governo americano reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela pouco depois de o deputado se proclamar presidente durante manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas contra Maduro.

O Brasil também emitiu uma nota reconhecendo o presidente da Assembleia Nacional venezuelana como líder interino do país.

China, Rússia, Bolívia e Turquia estão entre os países que apoiam Maduro.

A crise política, econômica e humanitária da Venezuela, agravada em 2017, já produziu um êxodo de mais de 3 milhões de pessoas que fugiram para países da região.

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