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Procurador-geral da Venezuela pede que Guaidó seja proibido de deixar o país

Aliado do ditador Nicolás Maduro também solicitou ao Supremo bloqueio de contas e investigação do opositor

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O líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó
O líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó - Yuri Cortez/AFP
Caracas | AFP e Reuters

O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, afirmou nesta terça-feira (29) que pediu à Suprema Corte a abertura de uma investigação preliminar contra o líder da oposição, Juan Guaidó.

Ele também solicitou que Guaidó seja proibido de sair do país e tenha suas contas bancárias e bens bloqueados.

O chefe do Legislativo da Venezuela fez um juramento como presidente interino do país na última quarta-feira (23), durante protestos em massa convocados pela oposição. Os parlamentares alegam que a reeleição de Maduro no ano passado ocorreu em um processo ilegítimo e por isso o cargo está vago.

Maduro, porém, não deixou o poder, e membros da cúpula militar foram a público dizer que o apoiam.

“Chegamos aqui (...) para solicitar que sejam tomadas medidas cautelares (...) que permitam neste caso: um, a proibição de sua saída do país; dois, a proibição de alienar e gravar bens, móveis e imóveis; três, o bloqueio de suas contas”, declarou Saab, que se define como chavista, na sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também oficialista.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, faz pronunciamento nesta terça
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, faz pronunciamento nesta terça - Federico Parra / AFP

Após saber da medida, Guaidó disse não se surpreender com as decisões de Saab por considerar que fazem parte da cadeia de “ameaças” contra ele e o parlamento de maioria opositora, que ele preside.

"Não estou subestimando uma ameaça de prisão”, disse. “Com muitas responsabilidade, digo a vocês que ‘nada de novo debaixo do sol”. Lamentavelmente, é um regime que não dá resposta ao povo venezuelano, a única resposta é a perseguição, repressão”, afirmou, na entrada da sede do Legislativo.

"Mais do que uma nova ameaça à minha pessoa, a este Parlamento, à presidência a cargo da República, não há nada de novo. Eu insisto, não subestimamos as ameaças, a perseguição, mas estamos aqui, vamos continuar a exercer os poderes", acrescentou.

O líder da oposição deve liderar uma sessão em que o Congresso irá discutir o quadro legal para um governo de transição e "eleições livres", que Maduro denunciou como parte de um golpe de Estado liderado pelos Estados Unidos.

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